Quase 17% de defasagem no preço do frete. Este foi o resultado da pesquisa realizada pela NTC&Logística e apresentada na tarde desta quinta-feira, 1º de fevereiro, durante edição do Conet&Intersindical, em Natal/RN.
A pesquisa consultou quase 2,5 mil empresas do Brasil para chegar a este dado. Segundo nota emitida pela NTC, “o setor de transporte rodoviário de carga foi fortemente atingido pela situação econômica do Brasil dos últimos quatro anos. As empresas transportadoras lutaram para se adaptar à nova realidade do mercado, reduzindo custos, diminuindo de tamanho, cedendo a exigências e, principalmente, reduzindo o frete”.
A entidade falou, ainda, que “como consequência, algumas empresas enfrentaram grandes dificuldades para atender à maior demanda trazida pela relativa melhora do mercado no segundo semestre de 2017. Isso leva a crer que, para atender as necessidades de 2018, cuja expectativa é de um crescimento três vezes maior, o setor terá que voltar a investir para aumentar a sua capacidade”.
De acordo com a pesquisa, que foi realizada em conjunto com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), 1) 62,0% empresas tiveram queda no faturamento de 8,9% em média; 2) 58,1% tiveram prejuízo de 7,5% sobre faturamento, em média; 3) O valor do frete caiu em média 2,6%; 4) 47,6% das empresas diminuíram de tamanho; 5) 52,4% afirmam estar recebendo frete com atraso.
Veja a nota emitida pela NTC na íntegra
O que contribui para esta realidade? – Os fatores que mais contribuíram para esta situação em 2017 foram, em primeiro lugar, os aumentos dos custos, em especial o do combustível (9,44% nos postos e 12,49% nas distribuidoras), majorações de salários, que chegaram a 4,50%, aumento das despesas administrativas da ordem de 3,55%, manutenção (1,94%), preço dos pneus novos (7,56%) e preço dos veículos (8,60%).
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Tomada de ação – Diante dos dados apresentados, os participantes do Conet decidiram que “é imprescindível que sejam cobrados de forma adequada”, segundo a nota. Por isso, “as federações orientarão os sindicatos para formarem comitês que discutam a recuperação para esta defasagem. Com isso, nós entendemos que atraindo cada vez mais os associados e não associados vamos conseguir esta recuperação”, comentou o presidente da Fetrancesc, Ari Rabaiolli.
Fetrancesc no Conet de Natal/RN – A comitiva catarinense no Conet&Intersindical de Natal/RN foi composta pelos presidentes da Fetrancesc, Ari Rabaiolli; do Setcesc, Osmar Labes; do Setcom, Ederson Vendrame; do Setram, Riberto Lima; e do Sindicargas, Ruy Gobbi; além do vice-presidente regional da Fetrancesc, Paulo Simioni, e do coordenador da Comjovem Sul, Fernando Natal.