Os dois carros emparelharam com o caminhão e, de dentro deles, seis ladrões mostraram suas armas. O motorista decidiu encostar. Rendido, o condutor foi mantido refém, enquanto a quadrilha bloqueava o rastreador do caminhão, retirava-o da Rodovia Presidente Dutra e o conduzia por algumas dezenas de quilômetros. Retiraram a carga de medicamentos e se foram. Isso ocorreu na noite de 8 de outubro. “Fiquei surpreso por se tratar de uma carga perecível, vacinas, itens de vida útil curta e de difícil repasse no mercado”, diz o gerente de segurança Marcio Bueno, da IBL Transportes de Valores, com dez anos de experiência. A empresa criou uma nova divisão especializada em segurança, com caminhões blindados, para atender à nova demanda do mercado, diante dos ataques dos ladrões de carga. Medicamentos têm sido muito visados num tipo de crime que cresce rapidamente. O número de ocorrências registradas de roubo de carga em geral no país cresceu 86% em cinco anos, de acordo com um estudo da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). O Rio é o estado mais duramente afetado. O número de ocorrências quase empata com o de São Paulo, estado com economia bem maior e bem mais populoso.
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