Workshop sobre Roubo de Cargas reúne lideranças e empresários do setor em Itajaí

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Workshop sobre Roubo de Cargas reúne lideranças e empresários do setor em Itajaí

Troca de informações entre a sociedade, os transportadores e as polícias. Este relacionamento é fundamental para a elucidação, com respostas efetivas e rápidas, dos casos de roubo de cargas. A afirmação foi feita pelo delegado da Divisão de Furtos e Roubos de Cargas (DFRC/Deic), Osnei Valdir de Oliveira, durante o workshop para debater o assunto promovido pelo SEST SENAT Itajai nesta quarta-feira, 23 de maio. O evento foi prestigiado por autoridades, além de lideranças e empresários do Transporte Rodoviário de Cargas.

Um dos principais impactos da ação criminosa, alegou o delegado, é na economia, sobretudo nos tributos e nos seguros. “O Estado deixa de arrecadar tributos com o roubo de cargas e isso reflete em todos os setores, como a segurança e a própria educação. Isso porque, se o Estado não arrecada, não consegue dar retornos para a sociedade”, comentou.

O roubo de cargas está totalmente relacionado com outros crimes, como o tráfico de drogas e de armas, alegou o delegado. “O que nós percebermos é que há verdadeiras organizações criminosas por trás disso tudo. No entanto, não há relação com facções”, acrescentou. “E nós trabalhamos para combater isso”.

O evento – Esta é apenas a primeira edição do workshop, segundo o gerente do SEST SENAT Itajaí, Eduardo Marin. Ele disse que a promoção teve o objetivo de aproximar ainda mais as empresas, a Unidade, federação e demais entidades relacionadas. “Se nós estamos aqui é porque antes vocês estão presentes e os nossos serviços auxiliam no dia-a-dia de vocês”, afirmou. Ele adiantou aos presentes que pretende realizar outras edições e pediu a participação de todos para a sugestão de temas.

Na abertura do workshop, o presidente da Fetrancesc e do Conselho Regional do SEST SENAT Santa Catarina/Paraná, Ari Rabaiolli, relembrou todas as ações da entidade para combater o roubo de cargas e que já houve redução nas ocorrências. “A atuação da Divisão tem sido exemplar para combater este crime no Estado. E todos ganham com isso, porque os prejuízos do roubo de cargas refletem até o consumidor final”, destacou.

O presidente do Seveículos, Paulo Afonso Espíndola, parceiro do SEST SENAT Itajaí, frisou o quanto este tipo de iniciativa é importante para o transportador. “Nos abastecemos de informação e aproximamos o setor. É o serviço do SEST SENAT sempre contribuindo para o desenvolvimento do transporte”, disse.

O deputado estadual, Patrício Destro (PSB), também participou do evento. Ele falou sobre o roubo de cargas no Estado, as ações de combate e os impactos do crime para a economia. Também comentou sobre o movimento de paralisação nacional do Transporte Rodoviário de Cargas e fez críticas ao aumento do preço dos combustíveis. “Eu, enquanto presidente da Frente Parlamentar do Transporte na Alesc, tenho obrigação de atender e representar bem este setor”, disse ao afirmar que o setor tem um representante na assembleia. Ele aproveitou, ainda, para compartilhar o contato dele com os presentes e deixar os empresários a vontade para procurá-los.

O membro da Comissão Jurídica da Fetrancesc (Comjur), Cassio Vieceli, e o coordenador da federação, Alan Zimmermann, também prestigiaram do evento.

DFRC/Deic em ação completa contra o crime – A DFRC atua na investigação, prevenção, repressão e análise das infrações penais praticadas ou subtraídas contra cargas embarcadas. E compete à Divisão atuar desta forma em ações de roubo, furtos, apropriação indébita, receptação e outros delitos relacionados à caga. Além disso, é objetivo da Divisão organizar e atualizar o banco de dados, por meios disponíveis, das pessoas implicadas nos crimes de furtos e roubos de cargas

Regulamentação da legislação – O delegado da DFRC/Deic, Osnei Valdir de Oliveira, lembrou da necessidade de regulamentação da Lei Estadual 17.405/2017, para cassar a inscrição estadual de empresas receptadoras de carga roubada. Ele alertou, no entanto, que esta ação não será a única para combater o crime. “É uma ação de gato e rato”, comparou ao afirmar a necessidade de busca de informações para identificação de crimes.

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