Vale do Itajaí defende cobrança de pedágio na BR-470

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Vale do Itajaí defende cobrança de pedágio na BR-470

Blumenau, 26.5.04 – O contrato de concessão por 25 anos da BR-470 à empresa Ecovale, que vem sendo analisado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), poderá ser defendido pela Região Metropolitana do Vale do Itajaí. A decisão será tomada na reunião do Conselho Deliberativo no próximo dia 2 de junho, em Blumenau. Ontem o diretor-presidente da Ecovale, engenheiro Gabriel Ribeiro Vieira, apresentou detalhes do contrato rescindido pelo governo Amin e o que se encontra sob análise do TCU em reunião realizada com os membros da Região Metropolitana. “Basicamente é o mesmo que firmamos com o governo do Estado e tem como principais mudanças as adequações à nova legislação de trânsito e algumas alterações nos planos de investimento”, disse Vieira.
A cobrança de pedágio vem sendo apontada como única solução para a BR-470. “Temos que deixar de ser ingênuos e esperar pelo governo Federal”, disse o presidente do Conselho da Região Metropolitana, empresário Ronaldo Baumgarten. Na última semana, lideranças empresariais, comerciais e políticas de 16 municípios optaram pelo pedágio como única solução para a BR-470. “E o contrato com a Ecovale é o melhor caminho e o mais rápido. Já perdemos muito tempo e tivemos muitos prejuízos econômicos e sociais, além das mortes na rodovia. Muitas empresas deixaram de investir na região por causa da situação caótica da 470”, comentou Olinto Silveira, superintendente da Região Metropolitana.
Na reunião de ontem, Vieira disse que, de acordo com as estatísticas levantadas pela sua empresa, 600 pessoas perderam a vida na BR-470 desde 1998, quando foi assinado o contrato com o governo estadual. Disse que nesse levantamento há um acréscimo de 20 a 25%, que representam as vítimas que morrem nos hospitais e que não são computadas pela Polícia Rodoviária Federal. Disse ainda que se o contrato não fosse cancelado, a duplicação entre Gaspar e Indaial já estaria concluída, além dos acessos de Blumenau à BR-470. Lembrou que o contrato era de 20 anos e envolvia a duplicação e modernização da rodovia em toda sua extensão, desde Navegantes até a divisa com o Rio Grande do Sul, no Oeste do Estado.
A dúvida das lideranças do Médio Vale é quanto à localização das praças de pedágio na região, onde circulam muitos usuários que se deslocam de uma cidade para outra. Vieira lembrou que este foi o principal ponto que não foi esclarecido pelo governo Amin. “Todos foram contra a cobrança de pedágio na época porque pensavam que haveria cobrança nesse trecho. Disse que, pelo projeto, de Gaspar a Indaial, os motoristas estariam livres da cobrança”. Fonte: AN

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