SC é o segundo Estado em mortes nas rodovias federais

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SC é o segundo Estado em mortes nas rodovias federais

Florianópolis, 2.8.06 – Santa Catarina é o segundo Estado do país em número de acidentes, feridos e mortos em rodovias federais no primeiro semestre deste ano. Mesmo tendo apenas 3,3% da malha viária do Brasil, nas BRs catarinenses ocorreram 13,1% dos acidentes, 11,7% do feridos e 8,7% dos mortos. Somente Minas Gerais, com uma malha viária quase três vezes maior, apresenta índices piores.
Em julho, 54 pessoas morreram nas rodovias federais em território catarinense. Nem todos os Estados fecharam os dados do mês, mas, na comparação até 20 de julho, Santa Catarina repetia o desempenho. Era o segundo lugar em acidentes, feridos e mortos na Operação Férias de Julho.
O chefe de Comunicação da Polícia Rodoviária Federal (PRF), inspetor Luiz Graziano, disse ontem que existem diversos motivos que explicam o número desproporcional de acidentes. Mas destacou a imprudência como o principal deles. Em quase todos os acidentes um dos envolvidos é o causador.
Outro fator é que a infra-estrutura das rodovias não acompanhou o aumento do fluxo de carros e caminhões. As estradas federais que passam por Santa Catarina foram pavimentadas na década de 1970 para suportar um tráfego diário de 6 mil veículos.
A extensão da malha viária é pequena, mas usada por até 30 mil veículos por dia. Somente nos últimos anos a média de crescimento da frota foi de 8% ao ano.
O problema se agrava no Verão, quando ocorre uma concentração de turistas no Litoral. Nos dias de maior movimento, 60 mil motoristas chegam a utilizar a BR-101. No primeiro semestre deste ano, 44% dos cidentes aconteceram nessa rodovia.
O relevo do Estado também não ajuda. Existem serras, curvas, declives e aclives. O resultado são acidentes graves em todos os fins de semana.
O superintendente de Santa Catarina do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT), João José dos Santos, destacou que a maioria dos acidentes ocorre quando as rodovias federais passam por perímetros urbanos.
Os locais mais perigosos seriam nas proximidades de Criciúma, Balneário Camboriú, Blumenau e Grande Florianópolis. Segundo Santos, R$ 6 milhões serão investidos na sinalização das estradas. No entanto, garantiu que para haver uma redução do número de mortes é preciso que os motoristas dirijam com mais cuidado.
? Não adianta pintar, duplicar, sinalizar se os motoristas não respeitam as leis.
Graziano disse ainda que a PRF não possui um efetivo suficiente para fazer o trabalho de fiscalização. O efetivo, de cerca de 520 policiais, precisaria, no mínimo, dobrar. Ele afirmou que o problema não é exclusivo de Santa Catarina, e se repete em todo o Brasil.

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