A juventude veloz e mortal nas estradas

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A juventude veloz e mortal nas estradas

Florianópolis, 19.12.07 – As estatísticas do verão confirmam que o trânsito se transformou em uma chacina para homens de 18 a 29 anos. Eles têm, pelo menos, 6,3 vezes mais chances de morrer em um acidente do que garotas da mesma faixa etária, conforme o levantamento do Diário Catarinense.
Foram pelo menos 50 vítimas masculinas com essa idade, o equivalente a 18,86% de todas as mortes nos três meses da estação.
Especialistas dizem que esse é o resultado de um fenômeno de décadas, em que jovens morrem ao seguir comportamentos de personagens de filmes como Velozes e Furiosos, responsáveis por renovar o mito James Jean, astro norte-americano de Juventude Transviada que perdeu a vida no trânsito.
Ainda vivemos sob efeito da cultura do “eu tenho braço. Pais influenciam em casa: se valoriza o carro mais potente, a ultrapassagem mais ousada – ressaltou a especialista em Psicologia do Trânsito Aurinez Rospide Schmitz. Essa cultura associa a virilidade à agressividade.

Consumo de álcool agrava situação entre os jovens

Mais comum entre os homens, o álcool amplia os riscos. Segundo a Secretaria Nacional Antidrogas, em média, brasileiros de 18 a 24 anos bebem 89% a mais do que grupos com mais de 60 anos. Em seguida nas estatísticas das vítimas estão os homens entre 30 e 40 anos. No levantamento, foram 51 mortes. No maior acidente do verão passado, quando sete pessoas morreram, quatro eram dessa faixa etária. A tragédia, no dia 19 de fevereiro, segunda-feira de Carnaval, foi caracterizada por um duplo ato de imprudência.
O Gol com cinco adultos e duas crianças, de 9 e 7 anos, trafegava pela BR-101, no trecho não-duplicado. Ao chegar a Santa Rosa do Sul, o Gol, com excesso de passageiros, tentou forçar uma ultrapassagem e bateu de frente com um caminhão.

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