Indústria elege prioridades para economia no próximo governo

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Indústria elege prioridades para economia no próximo governo

Florianópolis, 7.10.06 – Os industriais catarinenses elegeram a energia e a infra-estrutura como prioridades para o setor nos próximos anos. As reivindicações integram um documento que será entregue ao próximo governador ainda este ano. A idéia é promover um encontro com o novo governante para discutir as propostas e enriquecer o diálogo.
Entre as prioridades destacadas pelos dirigentes, está a de uma política que assegure o suprimento de energia às indústrias a custos compatíveis, incluindo o gás natural, energia elétrica e termelétrica. O ressarcimento dos créditos de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) de exportação também está na pauta.
O assunto foi discutido ontem durante a primeira reunião do Conselho Superior de Formulação Estratégica da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), no qual estiveram presentes representantes das empresas responsáveis por grande parte do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado. As propostas definidas pela indústria serão adicionadas às enviadas por outros setores, que farão parte de um texto organizado pela Confederação das Federações Empresariais de SC (Cofem), destinado ao futuro governador.
– Além das questões sobre energia e infra-estrutura – com iniciativas que visem, por exemplo, a modernização do sistema rodoviário brasileiro – precisamos dizer “não” a políticas que resultem no aumento da carga tributária – afirma o presidente da Fiesc, Alcântaro Corrêa.
Minas Gerais dá o bom exemplo em investimentos

Durante o encontro, foi unânime entre os conselheiros o bom exemplo que vem de Minas Gerais que, segundo eles, tem capacidade de investimento de 6% do PIB.
Para os presidentes das maiores empresas de SC, para alcançar o desenvolvimento o Estado deve seguir o exemplo mineiro. O documento que será entregue ao próximo governante estadual foi baseado na cartilha Eleições 2006. As prioridades, defendidas também pelo comércio e serviços, envolvem a infra-estrutura e ampliação no prazo de recolhimento de tributos, além do combate à informalidade.

o que pedem
“É necessário que a renda cresça para aumentar o consumo interno, nosso foco para o próximo ano.”
Ivo Hering, presidente da Hering
“Espero que o próximo governante mantenha as regras e que melhore as ações para conseguirmos atrair novos investidores. É preciso resolver os problemas das licenças ambientais que estão travando os investimentos.”
Manoel Arlindo Zaroni Torres, presidente da Tractebe
“O próximo governo deve ter como prioridade o encaminhamento das reformas que estão pendentes para que, em dois ou três anos, nós possamos readquirir a competitividade que falta no mercado externo.”
Osvaldo Moreira Douat, presidente da Metalúrgica Douat
“A principal preocupação deve ser com relação à sanidade animal. Insisto nisso, pois acredito que só assim Santa Catarina vai crescer realmente.”
Gilberto Tomazoni, presidente-executivo da Sadia
“O setor têxtil precisa de bases de crescimento e desenvolvimento, já que vem sendo bastante afetado, principalmente na área de exportação.”
Carlos Odebrecht, diretor-presidente da Karsten
As prioridades do setor
Políticas que assegurem o suprimento de energia a custos compatíveis para garantir a expansão da indústria
Ressarcimento aos exportadores dos créditos de ICMS de exportação, de forma a zerar a dívida do Estado nos próximos quatro anos, como forma de capitalizar as empresas que vendem fora do país
Implantação de sistema organizacional e de regulação dos órgãos públicos estaduais que confira agilidade aos processos de licenciamento, não bloqueie as decisões de investimentos e reduza os custos de implantação das exigências ambientais
Implantação de um novo sistema de competências de gestão entre União, estados e municípios, valorizando o pacto federativo e priorizando as legislações estaduais e municipais
Isenção de ICMS para bens de capital (máquinas e equipamentos) destinados à expansão industrial, com reflexos positivos na expansão da economia como um todo. Fonte: Diário Catarinense

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