O aumento dos impostos anunciado na semana passada pelo Governo Federal vai elevar o preço do frete, segundo o presidente da Fetrancesc, Ari Rabaiolli. Isso porque o valor do combustível aumentou e o transportador precisará reajustar o custo do serviço.
“Tudo o que é produzido passa pelo Transporte Rodoviário de Cargas. Com a alta do diesel, o preço do frete será elevado e o consumidor final também vai sentir no bolso. Ao mesmo tempo, penso que cada empresa vai procurar repassar (o aumento), mas em função da concorrência e do fato de os clientes não aceitarem aumentos, muitos devem absorver essa alta”, lamentou o presidente.
A Fetrancesc integra o Conselho das Federações Empresariais de Santa Catarina (Cofem/SC), que lançou uma nota sobre o assunto no final de semana, concordando com a posição de Rabaiolli.
Alta de impostos retarda retomada da economia
O Cofem avalia que a elevação de impostos anunciada pelo Governo Federal penaliza o setor produtivo e a sociedade. Vai atrasar a retomada da recuperação econômica, uma vez que a atual carga tributária já está próxima de 33% do PIB – a mais elevada entre os países emergentes, além de prejudicar o enfrentamento do desemprego, que atinge 14 milhões de brasileiros.
As entidades do Cofem avaliam que, em vez de novamente optar pela transferência do ônus do equilíbrio das contas públicas para o setor produtivo privado e para os contribuintes, o governo deveria cortar gastos supérfluos do setor público, avançar com as reformas, especialmente a previdenciária, a tributária e a política, e tomar medidas para reativar a atividade econômica e a geração de empregos, tal como a redução mais acelerada dos juros e a melhoria das condições de acesso ao crédito.
O crescimento do País, e não o aumento dos impostos, é a melhor maneira de elevar a arrecadação e assegurar sustentabilidade ao crescimento.
O Cofem/SC é integrado pela Fetrancesc, Fiesc, Faesc, FCDL/SC, Facisc, Fampesc e Fecomércio/SC.
Foto da chamada: Markito/Disponibilizado em Fiesc.