Manifestantes impedem realização do Fórum Estadual sobre a Reforma Trabalhista, na Alesc, nesta segunda-feira, 10 de abril

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Manifestantes impedem realização do Fórum Estadual sobre a Reforma Trabalhista, na Alesc, nesta segunda-feira, 10 de abril

Foto: Fábio Queiroz/Agência AL

Um plenário vazio de pessoas e discussões pertinentes para a sociedade. Foi esta a realidade encontrada na principal sala da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc) na tarde desta segunda-feira, 10 de abril, quando deveria ocorrer o Fórum Estadual sobre o Projeto de Lei (PL) 6.787/2016, que trata da Reforma Trabalhista. A sessão chegou a ser iniciada, mas vaias, palavras de ordem e apitos impediram que o coordenador do fórum, deputado federal, Celso Maldaner (PMDB/SC), iniciasse os trabalhos.

Junto às demais entidades membros do Conselho das Federações Empresariais de Santa Catarina (Cofem), a Fetrancesc teve um representante na mesa. O vice-presidente da entidade, Dagnor Schneider, lamentou o cancelamento da sessão e acredita que o fórum contribuiria de maneira considerável para a reforma trabalhista que o setor produtivo tanto anseia.

“Nós propusemos 26 emendas para o PL que foram acatados. O que nós sugerimos, na verdade, é uma modernização da legislação trabalhista. E é isso que o Brasil precisa, de verdade. Não poder dar continuidade a este evento tão importante para o povo brasileiro é uma perda enorme para os catarinenses. Perdemos uma chance preciosa de contribuir para uma mudança que vai delinear as relações trabalhistas durante os próximos anos”, disse Schneider.

O evento foi convocado pela comissão que analisa a proposta de Reforma Trabalhista em tramitação na Câmara dos Deputados. O objetivo, segundo Maldaner, era ouvir as sugestões e críticas dos catarinenses ao projeto. O relator da reforma, deputado Rogério Marinho (PSDB/RN), deve apresentar seu parecer ainda nesta semana.

O público que acompanhava o fórum era formado por membros de centrais sindicais e sindicatos trabalhistas. Assim que a mesa começou a ser formada, tiveram início os protestos. Maldaner ainda aguardou por alguns minutos, mas, por causa do barulho intenso dentro do plenário, desculpou-se com as autoridades presentes e cancelou o evento.

Os responsáveis pelos protestos justificaram a atitude pela ausência de representantes dos trabalhadores na mesa de autoridades. Participavam da mesa membros da Justiça do Trabalho, Defensoria Pública Estadual e de entidades patronais como Fiesc, Fecomercio, Facisc, Faesc e Fetrancesc, além da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Santa Catarina (Fetaesc) e do deputado federal Vitor Lippi (PSDB/SP).

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