Duzentos e vinte e dois bilhões de reais. Este é o valor avaliado da malha rodoviária catarinense (estaduais). O número foi apresentado pela Secretaria de Estado de Planejamento, ao falar sobre Plano de Concessão das Rodovias de Santa Catarina, durante reunião da Câmara de Transporte e Logística na tarde desta quarta-feira, 19 de julho, na Fiesc.
De acordo com o secretário, Murilo Flores, o projeto enfoca a conservação e manutenção das rodovias, o que “é muito mais difícil do que construir algo novo”.
O plano de concessões das rodovias catarinenses contempla as BRs 280, 282, 470, 101 e 153, além de diversas SCs. Flores pontuou, inclusive, que o projeto será dividido em quatro etapas, sendo a primeira já realizada: estudo para sustentabilidade na conservação rodoviária; eleição sistemática mais adequada para conservação rodoviária; definição das fontes de financiamento (interna e/ou externa); elaboração e lançamento dos editais para conservação rodoviária (apenas conservação).
Pedágio por quilômetro rodado – O pagamento do pedágio por quilômetro que o usuário tenha trafegado “é a forma mais justa de fazer esta cobrança”, salientou o presidente da Fetrancesc, Ari Rabaiolli. Ele já faz esta defesa há algum tempo, para não elevar a tarifa repassada ao motorista. Além disso, “ao fracionar este valor é possível equilibrar o valor do frete”, sob o ponto de vista sob Transporte Rodoviário de Cargas. Na ocasião, também foram apresentadas as opções de cobranças para cada uma das hipóteses de projetos de concessões.
Diálogo entre Estado e União – O trabalho em parceria para planejar as concessões das rodovias estaduais e federais catarinenses contribui para o engrandecimento do resultado final, na avaliação do secretário de Estado de Planejamento, Murilo Flores. “Esta parceria nos levou a contribuir com o Governo Federal na priorização das nossas rodovias. Ao conhecer na prática as estradas, temos a possibilidade de propor as melhores opções de traçados, por exemplo”, acrescentou.
Os estudos das futuras concessões das rodovias catarinenses estão sendo realizados pelas Secretarias de Estado do Planejamento e de Infraestrutura, além da SC Par e do Deinfra. As diretrizes que norteiam as pesquisas são: viabilidade financeira para manutenção e conservação; concepções em polos rodoviários para facilitar o gerenciamento; modicidade das tarifas; tecnologia para redução de custos; e análise dos cenários.