Roubo de cargas cresce 274% em SC: Números de ocorrências e ação da Fetrancesc para coibir ação criminosa são apresentados em coletiva de imprensa

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Roubo de cargas cresce 274% em SC: Números de ocorrências e ação da Fetrancesc para coibir ação criminosa são apresentados em coletiva de imprensa

Mais do que um caminhão a cada dois dias é alvo de roubo de cargas em Santa Catarina. Pelo menos este é o dado apontado pela Secretaria do Estado de Segurança Pública, que relevou a quantia de 258 casos em 2016, ano com maior incidência deste crime. E somente nos seis primeiros meses de 2017 os números já são equivalentes aos do ano passado, atingindo 129 casos até o dia 3 de julho.

Desde que começaram a ser registrados em Santa Catarina, o roubo de cargas subiu 69, em 2008, para 258, em 2016, resultando em um aumento expressivo de 274%. Esta é uma das grandes preocupações da Fetrancesc, segundo o presidente, Ari Rabaiolli. Todas as iniciativas do setor para coibir a ação criminosa, além dos números à nível de Estado e de País, foram apresentadas na manhã desta segunda-feira, 17 de julho, para repórteres e colunistas dos principais veículos de comunicação de SC.

“A mercadoria roubada vai para a prateleira (produto acabado) e para a indústria (matéria-prima) sem nota. Com isso há uma renúncia fiscal muito grande para o Estado”, explicou Rabaiolli ao falar sobre a importância do Projeto de Lei 53.3/2017, que prevê a cassação da inscrição estadual de empresas receptadoras de carga roubada.

O presidente da Fetrancesc salientou, ainda, que o aumento deste crime em Santa Catarina está relacionado à crise econômica. E acrescentou que as ocorrências, em maioria, são com cargas de lotação (completas, apenas uma nota fiscal) e não fracionadas (com várias notas fiscais).

Para o presidente do Sindicargas e membro do conselho Fiscal da Fetrancesc, Ruy Gobbi, o estabelecimento da Divisão Especializada em Investigar o Roubo de Cargas será uma forma de usar a inteligência do Estado para “coibir este mal que afeta os nossos trabalhadores e toda a sociedade catarinense”.

“Algumas ações já estão sendo feitas neste sentido. Mesmo não havendo a Divisão, as Dic’s já investigam este crime, porém sem foco específico para estas ocorrências. Havendo a centralização destas ocorrências para trabalhar com mais inteligência, com certeza teremos mais facilidade nas investigações”, frisou Gobbi ao lembrar que até dezembro de 2017 deve ocorrer a implantação da Divisão.

No Brasil – O roubo de cargas em SC é 4,44% do total registrado no Brasil, que em 2015 somou 19,25 mil ocorrências, com aumento de 76% desde 1998, quando houve 10,9 mil casos. Os valores, desde então, somam R$ 13.455 bilhões em 18 anos, considerando todos os números do País.

Mais detalhes sobre o roubo de cargas em SC e no Brasil estarão disponíveis na 4ª edição da Revista Fetrancesc, que será lançada em agosto.

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