Sem realinhamento: valor do frete pode entrar em colapso

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Sem realinhamento: valor do frete pode entrar em colapso

O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Carga e Logística de Chapecó (Sitran), Deneraci Perin, mostra-se apreensivo com a crise vivida pelo setor de transporte de carga. Segundo ele, vários fatores contribuem negativamente para a elevação dos custos, sem a necessária contrapartida. A situação é crítica e exige providências urgentes para evitar previsível colapso da atividade. “As empresas não suportam mais arcar com os prejuízos”, disse.

Alguns fatores que contribuíram para este quadro foram os aumentos de custos, os aumentos concedidos aos salários, reajustes de combustível, as péssimas condições das rodovias, despesas administrativas e manutenção veículos. A redução do volume de cargas causada pela crise econômica nacional também contribui determinantemente. O setor enfrenta, ainda, o comprometimento do faturamento com a elevação cada vez mais acentuada de fretes atrasado.

O presidente do Sitran concorda que promover o realinhamento dos valores dos fretes praticados com a cobrança dos demais componentes tarifários são medidas impreteríveis à sobrevivência do setor, hoje em total desalinho. Perin argumenta que sem estas providências a atividade está sob risco de grave colapso. Reforça que o setor é caracterizado como atividade essencial à economia e à sociedade.

O dirigente sindical lembra que as empresas estão sendo descapitalizadas com muita rapidez. As empesas que sobreviveram não fazem nenhum tipo de investimento há mais de três anos, determinando a deterioração do setor, sucateamento que não condiz com a importância deste segmento econômico.

Perin cita pesquisa realizada neste mês pela NTC&Logística em colaboração com a Agencia Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Os dados são referentes aos primeiro semestre deste ano e relevam a calamitosa e longa fase de dificuldades. A pesquisa aponta que a queda no faturamento alcançou 70,5% e as receitas diminuíram 10,32%. Nos seis meses o valor do frete caiu em média 2,98% e as empresas diminuíram de tamanho em 91%. Percentual de 54,7% das empresas tem recebido frete com atraso.

“As instituições que efetuaram a pesquisa enfatizam que esta situação que já ultrapassou o limite do estado suportável”, afirmou. Muito mais, se for levado em consideração às margens estreitas de lucro alcançadas pelas empresas do setor quando a economia está em expansão. Considera-se também que a pressão imposta pela recessão acaba negativando as margens de lucratividade.

Com informações da Assessoria do Sitran

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