Transposul: Deltan Dallagnol fala sobre ética em um mundo de pressões
- Publicado em: 06 jun 2019
- Por: Comunicação Fetrancesc
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Em um contexto de defesa pela ética e pelo desenvolvimento do Brasil, o procurador da República e coordenador da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol foi o segundo palestrante da 21ª Transposul, em Bento Gonçalves/RS, nesta quarta-feira, 5 de junho. Ele falou sobre ética nos negócios em um mundo de pressões, fazendo alusão à maior operação de combate à corrupção na história do País.
Ele lembrou dos principais momentos e ações da Lava Jato e separou o grupo de condenados e supostos envolvidos em dois: os que foram ‘obrigados’ a entrar no esquema e os que realmente queriam obter vantagens.
“Todas as pessoas estavam debaixo de grandes pressões, embora não justifique a ação”, explicou. Além disso, completou que “pesquisas mostram que grande parte das coisas erradas são feitas por pessoas normais submetidas a pressões. E depois que a pessoa dá o primeiro escorregão, facilita para que ocorram outros maiores”.
O procurador da República falou, ainda, que “debaixo de pressões, a gente busca justificativas para nossos comportamentos antiéticos. E esta é a reflexão: será que vale a pena a gente seguir com ética?”. Em seguida, ele mesmo respondeu ao questionamento fazendo referência à palestra anterior, de Paulo Caleffi, em que ele aborda a temática da confiança. “Eu sempre respondi à esta pergunta com facilidade: do que seria do ambiente de negócios sem a confiança? A confiança é o adubo do ambiente de negócios e depende, necessariamente, do ambiente ético”, ponderou Dallagnol.
Durante a palestra, o coordenador da Lava Jato falou, ainda, sobre o senso de propósito na vida e a capacidade de desenvolvimento da resiliência. Também sugeriu um exercício pessoal para identificação do propósito de cada um dos que estavam presentes, como uma “lição de casa”.
Deltan Dallagnol finalizou a palestra afirmando que “se nós realmente queremos reduzir os índices de corrupção no Brasil, precisamos ir além da Lava Jato”. E reforçou a confiança que tem em pôr fim ao que chamou de “miséria que a corrupção faz”.
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