Florianópolis, 4.1.07 – A mistura de 2% de biodiesel ao óleo diesel já está valendo. Desde a virada do ano, os postos catarinenses de combustÃvel estão vendendo o produto. A utilização do combustÃvel ecologicamente correto vai reduzir os impactos no meio ambiente, mas pode pesar mais no bolso.
Segundo o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de CombustÃveis e de Lubrificantes (Sindicom), a mistura pode resultar em um pequeno reajuste no valor do preço do diesel. O custo de produção do biodiesel é maior do que o do derivado do petróleo. A correção pode ser de até R$ 0,02 por litro, o que significa uma alta de pouco mais de 1% nas bombas catarinenses. Segundo a Agência Nacional de Petróleo (ANP), o preço médio do óleo diesel no Estado é de R$ 1,887
A possibilidade de alta nos preços preocupa os transportadores de cargas, os principais usuários da mistura. Uma alta nos preços dos fretes não está descartada. ?Não há uma razão lógica para o reajuste, já que o óleo diesel comercializado no Brasil é um dos mais caros do mundo?, diz Dagnor Schneider, presidente da Coopercarga, uma das maiores transportadoras do Estado.
Segundo o Ministério de Minas e Energia, entre 60% e 70% do biodiesel brasileiro são produzidos atualmente a partir do óleo de soja. O grão, segundo especialistas, não é a melhor opção de produção do ponto de vista técnico, pois tem menor rendimento em litros de óleo por hectare plantado do que outras fontes, como mamona e girassol. O restante é produzidos a partir de sebo animal e mamona.
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Testes mostram que mistura não
prejudica os motores dos veÃculos
O uso do biodiesel nos ônibus virou obrigação nesta semana, mas, desde o ano passado, a Transtusa, de Joinville, já adotava o combustÃvel. A experiência tem sido recebida com otimismo pela empresa.
Apesar de não haver vantagens econômicas frente ao diesel comum, o biocombustÃvel, melhor para o meio ambiente, funcionou bem e não resultou em nenhum problema na mecânica dos veÃculos. ?Os motores responderam bem, sem precisar fazer ajustes nem trocar peças por causa da mistura?, diz Rodrigo Slapnicka, gerente de manutenção da Transtusa.
A empresa adotou a mistura do tipo B2, que tem 2% de biodiesel. A idéia, para este ano, é aumentar essa porcentagem para 5%. Só que para conseguir isso, a empresa precisa de autorização da Agência Nacional de Petróleo (ANP). Por enquanto, o B5 é testado apenas em algumas cidades, como São Paulo. ?Se a gente conseguir essa aprovação, será bem melhor para o meio ambiente?, comemora Slapnicka.
O biodiesel reduz as emissões de dióxido e monóxido de carbono, citados como culpados no problema do aquecimento global. Para controlar a emissão de gases, a Transtusa comprou um aparelho chamado opacÃmetro. A idéia é checar a densidade da fumaça. Caso esteja mais escura que o aceitável, o veÃculo vai para a manutenção. A única notÃcia ruim é o provável aumento do preço do combustÃvel com a nova lei. ?Agora que é obrigado, o preço do litro deve subir?, prevê Slapnicka.
Fonte: A NotÃcia
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