Florianópolis, 5.1.06 – Desde 2003, dirigir nas estradas catarinenses está mais perigoso. A cada ano aumenta o número de acidentes, feridos e mortes. Somente em 2005, 902 pessoas no local do acidente (a estatÃstica não inclui as mortes nos hospitais), 13% a mais que as 797 vÃtimas fatais registradas em 2004.
Para reduzir a escalada de violência nas rodovias, polÃcias rodoviárias reforçam a fiscalização ao mesmo tempo que pedem a colaboração de motoristas.
As rodovias federais em Santa Catarina registraram 550 mortes em 2005. Os dados de um levantamento preliminar da PolÃcia Rodoviária Federal (PRF) mostram que houve 12.523 acidentes e 8.131 feridos.
De acordo com o chefe de seção de policiamento e fiscalização da PRF, inspetor André Ortega, o aumento de frota gera mais acidentes.
? Com o aumento da frota, temos aumento de fluxo. Além de veÃculos de outros Estados no Verão, o número de caminhões que cruzam o Estado é enorme ? diz Ortega.
Mesma opinião tem o comandante da PolÃcia Rodoviária Estadual (PRE), Paulo Moukarzel. Ele explica que no levantamento dos acidentes nas rodovias estaduais é possÃvel perceber que o Ãndice de colisões está ligado ao aumento da frota. E sem a fiscalização eletrônica com os pardais, retirados há quatro anos das SCs, ele diz ter aumentado a violência.
? A partir de 2002, quando foram retirados os equipamentos que fiscalizam as rodovias estaduais, o número de acidentes cresceu mais que a frota ? opina Moukarzel.
Se a direção defensiva fosse utilizada pelos motoristas que trafegam em SC, o inspetor da PRF afirma que tanto acidentes como mortes iriam diminuir.
? Nosso motorista ainda é muito mal-educado. Tem hábitos e costumes ruins ao volante ? diz Ortega.
Para o comandante da PRE, um problema é o estresse causado por excesso de trabalho ou problemas familiares.
? O motorista sai tão estressado do trabalho ou de casa que quer compensar todo o tempo perdido na estrada ? acredita Moukarzel.
Fonte: Diário Catarinense