Florianópolis, 15.9.06 – Neste domingo, 17 de setembro, marca a data reservada, para o transportador rodoviário, de todos os transportadores. Quando falo em data reservada é porque faz parte comemorar, o que seria justo, mas temos pouco ou quase nada a comemorar.
O ano de 2006 nos acrescenta tempo, mas não nos mostra o caminho para soluções dos problemas que enfrentamos. Convivemos com o maior Ãndice de carga tributária sobre o setor, próxima de 60%. AS rodovias cada vez mais deterioradas e as que foram pedagiadas no Brasil, custando pedágios predatórios, em alguns trechos o gasto é o equivalente do consumo de diesel. A CIDE, criada para proporcionar ao governo melhorias de infra-estrutura, foi desviada de sua finalidade.
Atravesamos governos e não temos definida uma polÃtica de transporte adequada à necessidade do setor. Carecemos de uma proposta digna para a renovação da frota. As que vieiram, nem como paliativos serviram.
O roubo de veÃculos e de cargas estão sem solução, o que quer dizer, falta de segurança. Os ladrões continuam impunes e livres para agir. Nem mesmo os modernos sistemas de rastreamento são suficientes e seguros para freá-los.
Há muito tempo fala-se em instalação de balanças para controlar o peso sobre as rodovias e a ação não sai do papel. Só ameaças de promessas. As polÃcias não têm como agir. Falta-lhes estruturas dignas.
Para quem movimenta 100% da economia produzida no paÃs a consideração é mÃnima, se é que temos alguma consideração.
Em Santa Catarina ainda respiramos mais aliviados depois que merececemos o Pró-carga, lei criada pelo governo Luiz Henrique da Silveira, aprovada pela Assembléia Legislativa e sancionada pelo governador, Eduardo Pinho Moreira. Tivemos reconhecido o direito de usar os créditos de ICMS. Foi um avanço!
Aqui na Fetrancesc consolidamos a Transpocred – Cooperativa de Crédito, chamada de Cofre Forte do Transportador, que num perÃodo muito breve nos livrará da exploração de quem lucra sobre o pouco que nos resta.
Diante do quadro que se apresenta à nossa frente o que é que nos reserva o futuro? Lutar pela sobrevivência do setor e buscar soluções por nós mesmos com muita força e união.
*PEDRO LOPES
PRESIDENTE DA FETRANCESC