Criciúma, 9.01.04 – Lideranças polÃticas e empresariais do Sul do Estado reagiram com fortes discursos à possibilidade de mais atrasos no inÃcio das obras de duplicação da BR-101. Para alguns, a demora na conclusão do processo licitatório seria fruto do desinteresse polÃtico no projeto.
O vereador Rodrigo Turatti, ex-presidente da Câmara de Vereadores de Araranguá, foi um a desabafar após a informação de que empresas já estão contestando judicialmente a licitação. Turatti lembrou do tempo em que os vereadores das três microrregiões do Sul se mobilizaram no movimento pró-duplicação e concluiu que falta disposição dos governos. “Fomos enganados muitas vezes. Não há vontade polÃtica”, afirmou.
O presidente da Associação Empresarial de Criciúma (Acic), Edilando de Moraes, criticou as adaptações no projeto para redução de custos e disse que a duplicação já será insuficiente quando a obra começar. “Se usarmos como exemplo o trecho Norte, a duplicação não tem mais sentido. Levando em conta a demora das obras, seria preciso um projeto de triplicação”, comentou Edilando.
O empresário destacou ainda que os recursos judiciais contra a licitação eram esperados. “Toda licitação acaba em recurso porque as empresas estão interessadas apenas no seu lucro”, completou Edilando.
Demora pode inibir desenvolvimento
O secretário de Desenvolvimento Regional, Acélio Casagrande, mostrou-se um pouco mais otimista em relação à duplicação. Casagrande acredita que a obra vai se iniciar em 2004 e também considera normal as contestações das empresas em relação ao processo de licitação. O secretário comentou que novas indústrias estão resistindo a se instalar na região devido à falta de um corredor rodoviário mais eficiente.
Para Casagrande, o atraso na duplicação reflete negativamente no desenvolvimento do Sul do Estado. “Essa demora é lamentável, mas ainda penso que a obra começa neste ano”, salientou o secretário.
O funil
A BR-101 Sul suporta no máximo 12 mil veÃculos/dia
Atualmente estão circulando 18 mil/dia na área de Palhoça e 15 mil/dia na região de Tubarão. Fonte Diário Catarinense