Florianópolis, 20.5.04 – Um sistema de segurança para combater o roubo a carga nas rodovias de Santa Catarina está sendo implantado pela Federação das Empresas de Transporte de Cargas (Fetrancesc) até o fim deste ano.
Um identificador de segurança privado, do tamanho de um controle remoto, será implantado na carga ou caminhão e vai fornecer detalhes sobre a viagem, identificando com rapidez alguma ação criminosa.
Segundo a Associação Brasileira dos Transportadores de Carga (Abtc), o prejuÃzo das empresas de todo paÃs ultrapassa R$ 600 milhões em 10 mil ocorrências de assalto. O diretor executivo da Fetrancesc, Pedro Lopes, destaca a redução de custos para os empresários.
Com a implantação do sistema, os seguros terão os valores reduzidos. “Estamos viabilizando este projeto porque a Região Sul tem o maior PIB do Brasil e conseqüentemente um número crescente de roubos. Nosso objetivo é ampliar o monitoramento nos estados vizinhos”, revela Lopes.
O projeto da Fetrancesc em parceria com a Associação dos Fabricantes de Placas de VeÃculos de Santa Catarina (Afpv-SC), prevê a instalação de antenas em todas as rodovias federais e estaduais no Estado. A cada 50 quilômetros será instalada uma antena que passará informações a uma central da empresa ou à própria polÃcia. O identificador de segurança fica oculto no veÃculo ou na carga, emitindo sinais de rádio freqüência, captados por uma rede de estações instaladas ao longo das rodovias. A transmissão ocorre pela Internet e as informações relativas ao objeto monitorado são acompanhadas pelo próprio cliente.
Custo operacional atrai empresários
“Se por algum motivo o caminhão sair da rota preestabelecida, um sinal é enviado à empresa que comunica a polÃcia. Não queremos dinheiro do Estado, mas que os policiais rodoviários federais e estaduais se utilizem deste dispositivo para agilizar na recuperação destes veÃculos”, explica o agente de segurança veicular, Cláudio Martins.
Um dos atrativos do novo sistema é o valor operacional. O equipamento tem apenas o custo da mensalidade de R$ 30 por identificador. Também é necessário um programa de computador que atende de um a 500 caminhões, por exemplo, pela taxa anual de R$ 500. Fonte: Michael Gonçalves/DC