Fetrancesc e Sindicatos participam da campanha da CNT Sem Rodovias o Brasil não Chega lá

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Fetrancesc e Sindicatos participam da campanha da CNT Sem Rodovias o Brasil não Chega lá

Brasília, 21.5.04 – A partir de amanhã, a CNT( Confederação Nacional do Transporte) vai espalhar em várias rodovias brasileiras out doors com a mensagem Sem Rodovias o Brasil Não Chega Lá. É a segunda parte da campanha, liderada pelo presidente da (CNT) Clésio Andrade, com o objetivo de mobilizar as entidades e a população para pressionar o governo a a promover a recuperação da malha rodoviária brasileira. Ele se diz motivado pela caótica situação das estradas, “a um passo de serem totalmente destruídas, por falta de recuperação e manutenção”, enfatiza.
Em Santa Catarina, a Fetrancesc e os sindicatos das empresas de Transporte de Cargas participam da mobilização. Já distribuíram centenas de camisetas, bonés, cartazes, adesivos aos motoristas e demais funcionários do setor. Eles farão a divulgação nas estradas e na sociedade.
“Queremos forçar o governo a aplicar recursos constitucionais disponíveis na recuperação das rodovias”, enfantiza Andrade. No seu entender, “se não se investir agora na malha rodoviária nacional, o País entrará em colapso e não terá futuro”.
BRAÇOS CRUZADOS – Na circular distribuída, a CNT diz que quer se juntar “às centenas de entidades filiadas, aos caminhoneiros e outros setores ligados ao transporte para promover um movimento nacional em defesa do modo de transporte rodoviário”.
Clésio Andrade, em entrevista concedida à Revista CNT, analisa a pesquisa ISC/Sensus, que mostra as precárias condições das rodovias brasileiras. A pesquisa ISC/Sensus, divulgada em abril, encomendada pela CNT, revela que 33% dos brasileiros se envolveram em acidentes nas estradas do País ou conhece alguém que já viveu esse drama.

Na circular, o presidente da CNT chama a atenção para “a importância da malha rodoviária por onde circulam 66% de todos os bens nacionais, onde caminhoneiros e carreteiros enfrentam toda sorte de perigo, em estradas que são verdadeiras armadilhas, sem asfalto, sem sinalização e de traçado ultrapassado”.
Para o presidente da CDL/Juazeiro, Paulo Henrique, a campanha da CNT deve ser encampada por todos. “Nós já estamos nos mobilizando, conversando com nossos parceiros e com representantes das demais entidades ligadas ao sistema de transporte rodoviário. “As estradas que cortam o eixo Juazeiro/Petrolina lideram a lista das piores do Brasil e não podemos ficar de braços cruzados”, salienta Paulo Henrique.
DINHEIRO EXISTE – Segundo Henrique, o presidente da CNT quer forçar o governo a usar os recursos da Contribuição sobre Intervenção no Domínio Econômico (Cide) na sua principal finalidade, que é a recuperação da infra-estrutura da malha rodoviária. Como determinou o Supremo Tribunal Federal (STF), ao julgar procedente uma ação da CNT para que o recurso seja aplicado nos segmentos que lhes deram origem, dentre eles a infra-estrutura do transporte.
Pelos cálculos da CNT, este ano serão arrecadados mais de R$ 8 bilhões de impostos e são necessários cerca de R$ 7 bilhões para reconstruir as estradas, cujos problemas não se resolvem mais com a operação tapa-buracos. “A situação é grave porque existem pontos nas rodovias onde a deterioração atingiu as camadasestruturais e nelas o tapa-buracos é ineficiente e oneroso, pois os remendos duram, no máximo, seis meses”.
TRIBUTO – A Cide é um imposto criado pela Emenda Constitucional nº 33/2001, do Congresso Nacional, que tem como finalidade específica financiar programas de infra-estrutura de transporte.
Para a CNT, a aplicação dos recursos da Cide no setor transporte, conforme sua destinação original, “constitui-ses no mais factível elemento de transformação do grave e perigoso cenário dos transportes brasileiros que, apesar de todas as dificuldades, ainda responde por 6,5% do PIB brasileiro e por 62% da movimentação de cargas e passageiros do País”.

Na região, os maiores desafios são as BR-407, trecho Juazeiro/Senhor do Bonfim/Capim Grosso; BR-235, trecho Casa/Nova/Remanso, Ponte Presidente Dutra (850 metros sobre as águas do Rio São Francisco), com obras de restauração e ampliação paradas há quase um ano; BA-210, trecho Sento-Sé a Paulo Afonso, passando por Sobradinho, Juazeiro, Curaçá, Rodelas e Glória e todas as estradas vicinais.
FONTE: A Tarde/Imprensa Fetrancesc

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