Florianópolis, 31.7.08 – O crescente aumento dos acidentes nas rodovias estaduais e federais no Estado de Santa Catarina tem aumentado a nossa preocupação. As autoridades têm se preocupado mais em penalizar as empresas e a própria sociedade, criando leis em gabinetes e não das estradas. Baseados em pesquisa realizada no Mato Grosso, com um inexpressivo número de motoristas, apenas 120, autônomos na maioria., editaram a lei que proibia a venda de bebidas à beira das rodovias federais, sem envolver os Estados, sem nenhum debate, dando a responsabilidade à PolÃcia Federal para fiscalizar. Todos sabemos que a PRF não tem estrutura para fiscalizar as rodovias, o roubo de cargas, e de veÃculos, o tráfico e ainda lhe atiram um compromisso de tamanha envergadura. Deu no que deu!
Em seguida, como se não bastasse o resultado anterior, radicalizaram com mais uma lei, a chamada de ?Lei Seca?. Mesmo desenho. Absurdos frutos do despreparo, estão sendo praticados nas cidades e nas estradas com as mesmas conseqüências, pelo mesmo motivo, falta de estrutura e número efetivo necessários para fiscalizar.
Para se ter uma idéia do absurdo para com o nosso Estado, no próximo concurso para a PolÃcia Rodoviária Federal somente 30 novos policiais virão integrar o efetivo da PRF Catarinense, quando o necessário, comprovadamente, é de pelo menos 300 patrulheiros.
De nada adiantarão as campanhas se não pararmos para refletir sobre o assunto.
No dia 22 de agosto, na sede da nossa Federação das Empresas de Transporte de Carga e LogÃstica de Santa Catarina (Fetrancesc) vamos reunir o Fórum pela Preservação da Vida, o Fórum Estadual de Rodovias, ABCR, OHL, Pamcary, Ministério Público e Ministério Público do Trabalho, Imprensa, autoridades estaduais e federais para apresentarmos um diagnóstico das nossas rodovias, federais e estaduais, um estudo cientÃfico que vem sendo desenvolvido com doutorandos da UFSC, para mostrar a verdadeira realidade, com levantamento dos pontos crÃticos, tais como geometria, sinalização vertical e horizontal, que dão motivo aos acidentes.
De nada adiantarão as leis, se não atacarmos as causas. E não se pode penalizar as empresas e empresários, estimulando o descontrole e o abuso.
*Pedro Lopes ? presidente da Federação das Empresas de Transporte de Carga e de LogÃstica de Santa Catarina (Fetrancesc)
Fonte: Imprensa Fetrancesc