Florianópolis, 16.5.06 – É impressionante o que se fala em “apagão logÃstico”. Se partimos do princÃpio que variações bruscas de demanda provocam escassez ou ociosidade de recursos, então podemos concluir que deparamos com “apagões” desde nossos ancestrais pré-históricos. Estamos vivendo atualmente um momento de grande desconforto em relação à infra-estrutura logÃstica do paÃs, pois começam a ser contabilizadas diversas perdas, como as de toneladas de grãos por falhas na armazenagem; perdas por derramamento de grãos nas estradas, devido à má conservação das mesmas; custo elevado de fretes; falta de capacidade de transporte; perdas geradas pelo sistema portuário, que se mostra um gargalo logÃstico devido à s suas ineficiências. Nesse momento, o planejamento, ou a falta dele, se torna o grande vilão, responsável pela escassez de recursos. Mas e a ociosidade? Por que não se destaca na mesma proporção da falta de recursos a ocorrência da ociosidade gerada por diversos fatores inerentes à vontade do planejador, tais como estiagem na Região Sul, variações cambiais ou aeroportos subutilizados. O planejamento nos investimentos em infra-estrutura logÃstica, público ou privado, sempre ocorreu e sempre foi alvo dos crÃticos de plantão, que julgam ter todas as informações necessárias para identificar um culpado.
DeverÃamos considerar a capacidade do Brasil (principalmente das empresas e do povo brasileiro) para desenvolver alternativas e superar barreiras. Destacar o “apagão logÃstico” é assumir uma posição de derrotado. Muitos preferem fazer comparativos com a infra-estrutura dos paÃses desenvolvidos e dizer que nossa incompetência vai nos conduzir a um “apagão” cada vez maior. Vamos parar com isso! Vamos destacar na mÃdia os esforços que estão sendo feitos para um “Zero Apagão LogÃstico”. Vamos destacar idéias e propostas criativas que sempre caracterizaram as empresas vencedoras. Temos de dar um basta aos profetas das “catástrofes” e destacar a força do Brasil e de seu povo nas soluções que vêm sendo desenvolvidas e que continuam fazendo com que o paÃs cresça nas mais diversas áreas.
EDUARDO BANZATO/ Consultor de logÃstica
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