Florianópolis, 20.01.04 – Nada de novo sobre a BR-101. Essa foi a sensação que pessoas tiveram ao participaram da audiência pública com o ministro dos Transportes, Anderson Adauto. Ele esteve ontem à noite na Capital para apresentar o novo modelo de concessões. Apenas fixou o mês de agosto como a data que a obra de duplicação do trecho Sul deve começar. Mas isso não é nenhuma garantia, por que outras vezes tantas outras datas também não cumpridas. O diretor-executivo da Fetrancesc, Pedro Lopes, afirmou que a única garantia dada pelo ministro é a cobrança de pedágio na 101. Para alguns setores as informações passadas por Adauto são motivos de questionamentos.
O diretor regional da Federação Nacional dos Engenheiros, José Latrônico Filho, perguntou ao ministro como cumprir a data se a licitação, para a escolha da empresa que fará a supervisão da obra, foi embargada pelo Tribunal de Contas da União. E enquanto não tiver o nome da empresa supervisora, o Banco Interamericano de Desenvolvimento não concede o empréstimo. O ministro disse que isso não será empecilho prometeu negociar com o TCU uma solução até o final de janeiro para que o processo possa continuar. Já o engenheiro Danilo Pitta, afirmou que essa questão não é impedimento, já que o governo federal pode fazer um contrato emergencial de supervisão. Basta vontade polÃtica.
Outra notÃcia dada pelo ministro chamou a atenção de Latrônico Filho. Adauto disse estar satisfeito com o resultado da licitação no Rio Grande do Sul, no qual as empresas apresentaram os preços da obra 36% menores que o valor referência e espera que isso se repita aqui. O diretor-regional da Federação dos Engenheiros observa que isso pode ser uma armadilha, pois o projeto do governo pode estar supervalorizado ou as empresas jogaram os preços para baixo, e isso pode significar o comprometimento da continuidade das obras como já aconteceu em muitos casos como por exemplo o anexo do Tribunal de Justiça. No ano passado, cita Latrônico Filho, quase não houve obras e foram demitidos no Brasil 360 mil trabalhadores. Na ânsia de vencer a licitação, a construtora fez preços incompatÃveis e pode ocorrer, no meio do caminho, de não conseguir levar adiante o projeto. Por isso para o engenheiro, é importante que o governo federal encontre as causas dessa redução do preço. Imprensa Fetrancesc
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