Não-duplicação custa R$ 1 bilhão

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Não-duplicação custa R$ 1 bilhão

Florianópolis, 15.7.04 – O diretor-executivo da Federação das Empresas de Transportes de Cargas do Estado de Santa Catarina (Fetrancesc), Pedro Lopes, informou ontem que a decisão do Congresso de cortar R$ 160 milhões do Plano Plurianual para duplicar o trecho Sul da BR-101 manterá por mais tempo um prejuízo anual de R$ 1 bilhão para o Estado.
“Se formos contabilizar, só com a Zona de Processamento de Exportação, em Imbituba, temos uma perda de R$ 25 milhões anuais na arrecadação do ICMS”, afirmou Lopes.
Diante da decisão do Congresso, que o diretor da Fetrancesc acredita “difícil” de ser revertida, a saída é procurar alternativas. No caso, seria a criação de uma empresa de economia mista que administraria o trecho da rodovia no Estado. “A idéia em curso é que a rodovia no trecho catarinense passe das mãos do governo federal para o controle do nosso Estado, sendo administrada por uma empresa com capital público e privado”, explica Lopes.

Alternativa é criar empresa para administrar a rodovia

Anteontem, Lopes participou de uma reunião com diretores da Petrobras no escritório regional da estatal em Curitiba. A empresa seria uma das parceiras na futura SC Transportes, o nome criado para a companhia que assumiria o controle da BR-101 em solo catarinense, primeiro passo para serem feitas as melhorias na rodovia.
Elaborada pela Secretaria de Infra-estrutura do Estado de Santa Catarina e pelo Conselho das Federações Empresariais de Santa Catarina (Cofem), a SC Transportes conta com o aval da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), que responde pelo Cofem.
Na avaliação de Glauco José Côrte, presidente da Câmara de Assuntos Tributários e Legislativos da Fiesc, a deficiência na infra-estrutura da região Sul afeta a competitividade de Santa Catarina. “A BR-101 é a principal via de escoamento para os nossos produtos. E a decisão do Congresso é surpreendente porque a região deixa de ser contemplada com recursos mínimos para a estrada começar a ser projetada”, diz.
Pedágio social seria implantado para a manutenção da estrada
Segundo Lopes, existem três empresas interessadas em participar da SC Transportes. Ele faz mistério em relação aos nomes, mas adianta que as negociações com pelo menos uma delas estão em estágio avançado. “Se tudo correr bem, dentro de 15 dias a população catarinense terá uma grande surpresa”, diz.
A exemplo do que ocorre em São Paulo, a futura SC Transportes implantaria nas rodovias do Estado o pedágio social, 35% mais barato em relação ao atual. O dinheiro arrecadado seria destinado à melhoria e conservação das rodovias, além de ser investido na construção e duplicação das estradas estaduais. Fonte: DC

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