Anjos atendem na rodovia da morte

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Anjos atendem na rodovia da morte

Florianópolis, 5.9.05 0 – Enquanto motoristas, passageiros e pedestres percorrem o perigoso trecho Sul da BR-101 entre os municípios de Sangão e Laguna, alguns personagens estão de prontidão para salvar vidas no caso de acidentes ou outras situações de risco. São os bombeiros de Tubarão, que atuam como “anjos da guarda” na chamada “rodovia da morte”.
As três equipes socorristas vivem em alerta 24 horas e colecionam histórias trágicas, cômicas e de dificuldades com final feliz. De acordo com o tenente Marcos Aurélio Barcelos, bombeiro há 14 anos, o cotidiano é de muita adrenalina.
– Vivemos situações angustiantes e de tensão, mas o trabalho do dia-a-dia vai endurecendo e ajuda a superar as dificuldades – ressalta.
Quando alguém aciona o telefone de emergência para acidente na rodovia, a equipe se desloca o mais rápido possível. A localização da ocorrência, possibilidade de explosão, número de vítimas e a presença de veículos com produtos perigosos determinam o planejamento dos socorristas.
Em 1999, quando ainda era policial militar, Marcos Aurélio Barcelos enfrentou um acidente na BR-101, em Criciúma, com mortos, feridos e veículos em chamas. Foi a experiência mais marcante que viveu na rodovia.
– Várias pessoas morreram, veículos pegaram fogo e havia um caminhão com carga perigosa. Era difícil saber até mesmo por onde começar a trabalhar.

Trabalho é dividido em quatro etapas

Quando ocorre acidente na BR-101 ou em outros locais, a guarnição divide o trabalho em quatro etapas: acionamento, resposta (salvamento ou resgate), finalização (encaminhamento de vítimas ao hospital e reorganização dos equipamentos) e retorno à prontidão. Na última etapa, segundo Barcelos, que alguns bombeiros demonstram o que sentiram durante o atendimento.
– Alguns companheiros chegam a chorar quando estão no vestiário ou demonstram muita tristeza pelo que foi visto – observa o tenente, que passou por uma situação assim.
Depois de resgatar uma criança das ferragens de um veículo ele lembrou do filho que estava em casa e chorou. Fonte: Diário Catarinense

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