TCU autoriza publicação de edital para concessão de sete trechos de rodovias federais, duas de SC

  1. Início
  2. Notícias
  3. TCU autoriza publicação de edital para concessão de sete trechos de rodovias federais, duas de SC

TCU autoriza publicação de edital para concessão de sete trechos de rodovias federais, duas de SC

Brasília, 26.7.07 – O Tribunal de Contas da União (TCU) autorizou ontem (25) o governo a publicar edital da segunda etapa de concessão a investidores de sete trechos de rodovias federais, entre elas a Fernão Dias, que liga São Paulo a Belo Horizonte, e a Régis Bittencourt, que faz a ligação entre São Paulo e Curitiba.
Nest segunda etapa estão dois trechos de rodovias federais em Santa Catarina. O trecho da BR-101, entre Garuva e Palhoça com quatro praças de pedágios e a BR-116, entre Mafra e Correia Pinto com quatro praças de pedágios.
Na decisão foi mantida a proposta do governo de que a Taxa Interna de Retorno (TIR), que garante o ganho dos investidores, seja de 8,95%. Com isso, o governo pode publicar o edital sem fazer alterações.
Entretanto, o ministro Augusto Nardes, relator do caso, decidiu, em seu voto, sugerir que o governo utilize como referenciais para o cálculo da TIR taxas mais atualizadas do risco Brasil (2%), e do spread (diferença entre a taxa de captação e a cobrada em empréstimo) do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), de 2,5%. O banco vai financiar as empresas concessionárias. Com a redução da TIR, o usuário paga menos pelo pedágio.

Nessa versão do edital analisado pelo TCU, o governo já havia reduzido a taxa do edital de 12,88% para 8,95%, ao ano, considerando, entre outros aspectos, um risco Brasil de 3,91% e spread do BNDES de 3%, ao ano. Nardes sugere uma nova TIR com o risco Brasil de 2% e spread do BNDES de 2,5% (taxa que, de acordo com o relatório do TCU, o banco se comprometeu a aplicar).
Segundo Nardes, a área técnica do TCU havia sugerido que o tribunal determinasse que a TIR fosse recalculada, mas foi incluída apenas uma recomendação. ?Deixamos o máximo de autonomia para que o governo possa tocar essas obras o mais rápido possível. diante da situação precária de nossas estradas?, disse.
O ministro acrescentou que a decisão tem o objetivo de dar celeridade aos trabalhos, mas ressaltou que o TCU vai acompanhar o processo de concessão para verificar se haverá qualquer irregularidade.
Na primeira versão do edital, analisada pelo TCU em 2005, a TIR era de 18% ao ano. Com a queda para 8,25% ao ano, foi reduzido em R$ 19,6 bilhões o valor que os usuários pagarão de pedágios pela concessão das rodovias.
A previsão do governo é que o leilão de concessão aconteça em 16 de outubro deste ano. Entretanto, esse cronograma já está atrasado, uma vez que no cronograma estava previsto a publicação do edital em 16 de julho.

Compartilhe este post