Blumenau, 11.7.05 – O Ministério dos Transportes não aceitou o modelo de concessão proposto pelo governo estadual e a duplicação da BR-470 ficou mais distante. Essa foi a conclusão da audiência pública que durou mais de cinco horas, ontem, em Blumenau. Antes das discussões, lideranças polÃticas e empresariais do Médio e Baixo Vale do ItajaÃ, os técnicos e dirigentes do Ministério dos Transportes, da SC Parcerias e da Federação das Transportadoras de Santa Catarina (Fetrancesc) assistiram a um protesto da Sociedade Amigos do Rio ItajaÃ-açu (Sarita). “A BR-470 já matou 56 pessoas esse ano e deve matar pelo menos mais 50 até o final do ano. É um corredor de morte, uma tragédia anunciada”, disse, para a platéia, o porta-voz dos manifestantes. Eles estavam vestidos de preto e fantasiados de esqueletos humanos, portando faixas e cartazes denunciando descaso para com a BR-470. Começaram o movimento no trevo de acesso aos pavilhões da Proeb e terminaram no salão de convenções onde ocorreu a audiência. 2006 foi o prazo dado pelos representantes do Ministério dos Transportes para assinar o contrato da concessão. Mais de 250 pessoas ouviram as colocações do ministério sobre o modelo de concessão federal e fizeram seus questionamentos. Os debates mais acalorados da reunião ficaram por conta das duas possibilidades levantadas para a concessão: delegar a rodovia ao Estado, obedecendo o processo idealizado por Santa Catarina, de cobrança por quilômetro e administração fiscalizada por um conselho popular; ou seguir o modelo adotado pelo Ministério dos Transportes, já utilizado em outros Estados, em que são instalados postos de pedágio a cada 60 ou 80 quilômetros e a concessionária assume eventuais riscos de diminuição de tráfego.
As alterações de modelo propostas pelo Estado receberam a negativa dos representantes do Ministério dos Transportes, que defenderam o modelo federal de concessão. “Santa Catarina já está recebendo uma obra de duplicação (a BR-101 Sul), que está absorvendo 10% de todos os recursos do DNIT. Dificilmente, nos próximos quatro ou cinco anos, receberemos outro investimento assim”, esclareceu a senadora Ideli Salvati, uma das principais interlocutoras do Estado junto ao governo federal. Fonte: A NotÃcia
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