Sinalização especial ajuda a reconhecer veículo

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Sinalização especial ajuda a reconhecer veículo

Brasília, 14.6.06 – O diretor do SEST/Senat, Sérgio Luís Gonçalves Pereira, destaca que, basicamente, existem duas sinalizações que todos os veículos com carga perigosa devem apresentar na carroceria, tanque ou contêiner. São eles o chamado painel de segurança e o rótulo de risco. “São dois adesivos diferentes”, pontua Pereira.
Neste último está impressa a classe à qual o produto pertence – são nove categorias no total. A classe um engloba os explosivos; a classe dois, os gases tóxicos inflamáveis; a três, os líquidos inflamáveis; a quatro, os sólidos inflamáveis; a cinco, os peróxidos orgânicos; a seis, as substâncias tóxicas; a sete, os radioativos; a oito, os corrosivos; e, finalmente, a nove, as substâncias perigosas diversas. “Se o produto apresentar risco de explosão, é inserido na classe um”, exemplifica.
Ainda no rótulo de risco vem, ao lado da classe, ilustrado um símbolo que representa o produto. Uma caveira, por exemplo, indica a presença de carga tóxica no interior do caminhão. Já no painel de segurança vem o número pelo qual o produto é internacionalmente conhecido. É uma nomenclatura mundial, estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Outras obrigatoriedades são em relação à documentação do motorista. Ele tem de portar em toda viagem uma ficha de emergência e um envelope, onde devem constar contatos (endereço e telefones) da empresa, em caso de acidente.
Na ficha, explica Pereira, é necessário ter mais informações sobre o produto, assim como explicações sobre os riscos em caso de haver contato com a pele humana ou derramamento no meio ambiente.

Vida

A avaliação do técnico em trânsito e transporte rodoviário de produtos perigosos Gerson Vecchio dos Santos Júnior é que o ser humano não vive sem produtos perigosos. “Tudo é essencial para a vida humana”. Daí a importância de se debater como movimentar esse tipo de carga.
Segundo Santos Júnior, a necessidade de haver uma nomenclatura mundial se acentuou após a ocorrência de catástrofes como a de Chernobyl (na atual Ucrânia), em 1986, quando uma explosão em uma usina nuclear espalhou radiação e comprometeu a vida de várias gerações.
À primeira vista a necessidade de constantes atualizações pode causar estranheza. Mas, destaca ele, a descoberta de novos produtos é incessante, e a cada vez que isso ocorre, a nova substância tem de ser catalogada.
Um exemplo prático disso é o chamado alumínio líquido. A indústria automobilística brasileira passou a utilizá-lo somente nos últimos anos. É uma carga considerada perigosa, porque transportada em altas temperaturas. No Brasil não era catalogada até então.
Fonte: A Tribuna – Santos

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