Dia do Motorista: ele é um gerente na estrada, diz Lopes

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Dia do Motorista: ele é um gerente na estrada, diz Lopes

Florianópolis, 25.7.06 – O motorista é um gerente nas estradas, diz o presidente da Fetrancesc (Federação das Empresas de Transporte de Carga), Pedro Lopes, ao destacar a atividade desses profissionais do volante, a sua importância na movimentação da economia do país. Esses condutores têm sob sua responsabilidade o caminhão, um patrimônio, e uma carga. E por isso, ele é um gerenciador. Os veículos com muita tecnologia exigem habilitação desses profissionais. Não basta apenas dirigir, o motorista é um agente de mudanças de comportamento nas estradas.
A Fetrancesc, observa Lopes tem atuado na luta por melhoria da infra-estrutura do sistema rodiviário, que afetam diretamente o motorista. Tem defendido junto aos órgãos do Governo Federal e Estadual projetos para recuperar e ampliar estradas catarinenses; tem se manifestado contra modelo de programa de concessão de rodovias federais, porque o pedágio a ser cobrado vai onerar o bolso do transportador. E atuado com firmeza em parceria com outros setores do trânsito, sempre com o objetivo de garantir melhorias ao setor.
Hoje os motoristas enfrentam estradas esburacadas, com excesso de movimento por ter sua capacidade esgotada, falta de sinalização e precária estrutura de suporte e ou de ligações com alguns outros modais, como é o caso para chegar nos portos. Resultado da falta de investimentos para atender ao crescimento da economia e das exportações.
E isso contribui para um problema muito sério que temos no país, o elevado número de acidentes nas estradas.. De acordo com pesquisa nacional dos 250 mil acidentes registrados no pais, 90 mil têm participação dos motoristas de caminhão. Uma análise dessas ocorrências realizada pelo Ipea indica que o custo econômico no Brasil é de R$ 10 bilhões por ano. O presidente da Fetrancesc afirma que entre outros fatores rodovias saturadas, sem sinalização e além disso, o período com maior ocorrência são os finais de semana, quando há mais veículos nas estradas e maior imprudência, falta de atenção e não respeito à sinalização. E todos querem chegar logo ao seu destino.
Para Lopes, as empresas de transporte rodoviário de carga tem tido uma preocupação constante com a redução do número de acidentes e por isso, têm direcionado a formação de seus motoristas não só para dirigir, mas para gerenciar um veículo na estrada, com o forte objetivo de redução dos riscos a si mesmo e a terceiros e com isso diminuir o número de ocorrência. Mas o presidente da Fetrancesc acredita que deve haver um avanço maior na capacitação dos profissionais que já estão no mercado. O fato de treinar ou formar aquele condutor que aprendeu a dirigir ainda com o pai, vai dar a ele uma nova visão da função, muito mais ampla e mais adequada ao propósito de elevar a qualidade dos serviços prestados, reduzir os custos e ainda mudar os comportamentos nas estradas.
Lopes também crítica a falta de uma política de educação específica para todos os profissionais que estão no mercado no país. Muito se fala que se deve melhorar a educação para crescer, para se desenvolver, mas não há nada de concreto, apenas promessas, pois não há proposta nem para a melhoria da educação básica e nem para a profissional. Em tempo de eleição, muitos colocam o tema Educação em suas propostas como a solução para todos os problemas, mas quase todos já tiveram a oportunidade de fazer mudanças e quase nada aconteceu. Então, Lopes ressalta, não pode ser apenas uma bandeira, o Brasil precisa de projetos concretos. E no caso do transporte é necessário um programa específico.
Lopes destaca o empenho do transporte para ampliar em Santa Catarina o atendimento social e profissional aos motoristas e demais profissionais do transporte, seus familiares e à comunidade. No próximo ano, nas unidades do Sest Senat deverão dobrar seus atendimentos, com a instalação das unidades de Criciúma, que deve iniciar suas operações nos próximos meses, a construção de um Capit em Chapecó, e dos postos de atendimento em Blumenau, Videira e depois Rio Negrinho. Um investimento feito integralmente pelo transporte. Em Criciúma e Chapecó, deverão ser atendidas cerca de 10 mil pessoas mensais em cada um com cursos de formação profissional, treinamentos, capacitação específica, serviços médicos, odontológicos, sociais, esportivos e culturais. Fonte: Jornal Estrada

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