Florianópolis, 18.12.06 – Trafegar pelas rodovias federais no Estado durante o Verão, época em que o movimento de veÃculos chega a dobrar, exige mais atenção e paciência dos motoristas. Nesta temporada, os turistas vão se deparar com problemas como buracos no asfalto, falta de acostamento e de sinalização e trechos em obras que exigem redução de velocidade. Essas “armadilhas” são comuns em trechos das BRs 101, 470 e 282.
No trecho Sul da BR-101 em Santa Catarina, que vai de Palhoça, na Grande Florianópolis, até Passo de Torres, na divisa com o Rio Grande do Sul, o asfalto é irregular em quase toda sua extensão devido aos reparos nos buracos da pista e recapeamento de partes do asfalto.
Como a via está sendo duplicada, o motorista deve estar atento às máquinas, caminhões e homens próximos à estrada. A sinalização de que estão sendo feitas obras no acostamento, em alguns casos, é feita a poucos metros do local, exigindo brusca redução de velocidade dos menos atentos.
Os mais de 10 desvios ao longo da BR-101 Sul também tornam o trânsito lento em alguns pontos. E, segundo o DNIT, até o fim do Verão, esse número vai aumentar.
– A indicação dos desvios são feitas só em cima das obras, acho que nessa temporada estes serão os principais entraves para quem não está acostumado – opina o caminhoneiro Gilberto Adão Martins, 45 anos, na profissão há 20.
Um problema que é comum aos trechos Norte e Sul da BR-101 é a falta de passarelas, que acaba exigindo atenção para a freqüente passagem de pedestres nas vias. Entre Camboriú e Balneário Camboriú, um dos pontos em que mais se observa pedestres atravessando a BR, a dona de casa Maria Marques esperou mais de 15 minutos para passar por uma das pistas e ter acesso ao caminho de casa.
Ela faz a travessia com freqüência, pois a igreja e a escola mais próximas estão localizadas de um lado da estrada e sua casa de outro.
– Quem não tem carro precisa arriscar a vida, fazer o quê?
Curvas acentuadas e pontes na 470
Apesar do trecho Norte ter sido duplicado há seis anos, em algumas localidades já é possÃvel ver buracos e desnÃvel no asfalto por causa de recapeamentos recentes. A mesma situação é verificada na BR-470, também restaurada recentemente.
No trecho da BR-470 que liga Rio do Sul a Navegantes é preciso cuidado com as curvas acentuadas. Nas ultrapassagens também, pois o trecho, que em pontos não possui acostamento, têm cerca de 10 pontes, em sua maioria estreitas para as normas de segurança atuais.
Ainda na BR-470, as placas de sinalização estão encobertas pelo mato nas encostas e podem passar desapercebidas.
Na BR-282, os motoristas devem se concentrar no trânsito de caminhões carregados de madeira, que são veÃculos lentos e pesados, e estão em todo o percurso.
Neblina tira visibilidade durante a manhã na 282
De Rancho Queimado a Ãguas Mornas, a neblina é o risco, prevalecendo do inÃcio ao fim da manhã.
As más condições de pontos ao longo das principais rodovias representam risco de acidentes. A causa principal das ocorrências, no entanto, é a imprudência, geralmente motivada pela pressa dos viajantes em aproveitar as férias.
De acordo com o chefe do posto da PolÃcia Federal Rodoviária (PRF) de Itapema, o agente Humberto Flores, 80% dos desastres com morte são causados por alta velocidade ou ultrapassagem em local proibido, o que caracteriza o tipo mais comum de imprudência no trânsito.
Na BR-101 Sul, por exemplo, o motorista de um carro com placas da Argentina ultrapassou um caminhão em local com faixa dupla em frente ao posto da PRF de Penha, em Paulo Lopes. E isso se repete em várias localidades de todas as rodovias.
Mas a imprudência não é exclusividade dos motoristas. Em localidades com passarela, como São José e Biguaçu, é possÃvel flagrar pedestres passando pela pista. Por pressa ou preguiça, muitos ignoram a passarela a poucos metros de distância.
Fique por dentro
Aumento de tráfego no Verão: de 18 mil para 35 mil veÃculos/dia
Maiores filas: acessos à Praia do Sonho, Pinheira (ambas em Palhoça), Garopaba e Imbituba.
Mortes nas rodovias federais de SC na temporada passada : 137
Informações referentes a 15 de dezembro de 2005 a 15 de março de 2006
Fonte: DNIT
Fonte: DIário Catarinense