BrasÃlia, 29.7.05 ? As construtoras envolvidas na duplicação da BR-101, segundo o coordenador regional do Dnit/RS, Marcos Ledermann, assinaram contratos de duração de 24 meses a 36 meses. O representante do Dnit/RS antecipa que em 2007 estará concluÃda a duplicação. ?Mas já ao final de 2006 as obras estarão em estágio avançado beneficiando os motoristas?, diz Ledermann.
A BR-101 começou a ser duplicada em janeiro, com a instalação dos canteiros de obra das duas empresas contratadas, a Queiróz Galvão e a Bolognesi. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, assinou a ordem de serviço em dezembro, com a determinação de que as máquinas não parem como já aconteceu em anos anteriores. Na ocasião, ele visitou os dois trechos mais importantes do projeto, um no municÃpio de Torres e outro em Palhoça, acompanhado por ministros, deputados federais e estaduais e autoridades do governo gaúcho.
O projeto prevê a duplicação de 348 quilômetros da rodovia, 248,5 quilômetros em Santa Catarina e 99,5 quilômetros no Rio Grande do Sul. As obras no Rio Grande do Sul custarão R$ 400 milhões e envolvem a construção de uma nova pista, a restauração da pista existente e obras de infra-estrutura como pontes, viadutos e passarelas. Os recursos são da União e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
A solenidade no Rio Grande do Sul, que ocorreu no Belvedere da PolÃcia Rodoviária Federal, no quilômetro 4, da BR-101, em Torres, reuniu 550 pessoas. Desde então, o Dnit/RS tem realizado reuniões semanais, percorrido trechos da rodovia, resolvido trâmites burocráticos e investindo nas obras e nas desapropriações necessárias à duplicação do trecho. Antes da pavimentação da BR-101, na década de 60, o tráfego para o centro do PaÃs era mais intenso pela BR-116, que tem um traçado sinuoso tanto em planta baixa como em perfil, uma vez que se desenvolve na região da Serra. Em conseqüência, o transporte por esta rodovia tem um custo operacional relativamente elevado. O tráfego pesado, então, dá preferência à BR-101.
Mais moderna e segura, a BR-101 tangencia os litorais gaúcho e catarinense, com grande importância sob o ponto de vista turÃstico. A rodovia também é importante para o intercâmbio de produtos entre os dois estados do Sul. Ela une a Região Metropolitana de Porto Alegre ao pólo industrial catarinense, com destaque para as indústrias de cerâmicas, têxteis, moveleiras, e mecânico-metalúrgicas do Vale do Rio ItajaÃ. A BR-101 desenvolve-se, em especial no Rio Grande do Sul, ao longo da zona de minifúndios, responsável pela produção de mandioca, banana, abacaxi, cana-de-açúcar (e seus derivados), hortigranjeiros e uma bacia leiteira que abastece a Região Metropolitana.
As duas empresas que venceram as licitações para implantação e pavimentação da nova pista e restauração da pista existente do trecho gaúcho – três lotes da Queiróz Galvão e um da Bolognesi – iniciaram as obras nos 99,5 quilômetros entre Osório e Torres, simultaneamente. Pela BR-101, passavam em 1971, quando foi construÃda, 4,6 mil veÃculos por dia. Atualmente, trafegam 25 mil veÃculos ao dia, o que torna absolutamente indispensável a duplicação do trecho.
Fonte: Jornal do Comércio
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