Criciúma, 17.8.05 – A lentidão dos trabalhos de duplicação da BR-101 já preocupa lideranças polÃticas, população e órgãos envolvidos no processo. O atraso no cronograma, ocasionado especialmente pela demora na liberação de licenças para áreas de lavra e negociação de preço de material para aterro, representa perda de recursos.
Ontem, uma audiência na Associação dos MunicÃpios da Região CarbonÃfera (Amrec), em Criciúma, reuniu mineradores, representantes de empreiteiras, o supervisor do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Ariel Pizolatti, o engenheiro do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (DNIT), Emerson Salgado, e o deputado federal Jorge Boeira (PT).
De acordo com o deputado federal, dos R$ 400 milhões liberados para este ano através de acordo entre o governo federal e o Fundo Monetário Internacional (FMI), apenas R$ 100 milhões foram aplicados.
– Se os R$ 300 milhões não forem gastos este ano serão perdidos, não retornam no orçamento do próximo ano – diz Boeira.
Durante as discussões, os representantes das empreiteiras afirmaram que alguns pagamentos de serviços executados não foram feitos.
Empreiteiro reclama de reajustes
O engenheiro do DNIT em BrasÃlia, Emerson Salgado, reiterou que os recursos para pagamento são liberados regularmente pelo Ministério da Fazenda.
O gerente da Ivaà Engenharia de Obras, Lúcio Silvestre, que comprou 1 milhão de metros cúbicos do material de aterro, enfrenta problemas com reajuste na fornecedora. De acordo com ele, o preço médio de mercado pelo metro cúbico de material é R$ 0,20, mas há quem venda por R$ 0,50. Fonte: Diário Catarinense