Pedro Lopes diz que operação em plena temporada gera mais prejuízo para o setor de cargas

Florianópolis, 9.1.06 ? Não basta o trânsito já caótico em vários pontos das rodovias catarinenses, resultado de estradas saturadas e do intenso movimento de turistas, começou a Operação Tapa-buraco para agravar ainda mais a crítica situação. Para o transportador rodoviário de carga é mais tempo na estrada e mais prejuízo. Cada hora parada representa um custo de 4 dólares, sem contar o desgaste do veículo com o ?anda e freia?. O presidente da Fetrancesc (Federação das Empresas de Transporte de Cargas de Santa Catarina), Pedro Lopes, disse que faltou ao Governo Federal e ao Ministério dos Transportes avaliar a situação de cada região e a necessidade de cada estado. ?É hora de fazer esse tipo de obra em plena temporada de verão? Por que não fizeram esse trabalho antes??, pergunta Lopes. E ainda colocam o coordenador do DNIT em SC, João José dos Santos, numa situação delicada, pois recebeu o dinheiro e precisa gastá-lo. Aliás, verba irrisória para Santa Catarina. Cerca de 2% do montante total de RS 440 milhões serão aplicados nas rodovias catarinenses. ?Não há uma consciência da realidade de Santa Catarina?, lamenta Lopes, que hoje ao trafegar pela 101 Norte, presenciou dois acidentes em apenas um quilômetro de estrada, em função do início da Operação. Pedro Lopes também disse estar preocupado com a qualidade da restauração. Estão jogando asfalto nos buracos sem qualquer preocupação com a fixação. Juraci Perboni/Imprensa Fetrancesc