BrasÃlia, 27.10.05 – O deputado Francisco Appio defendeu em entrevista exclusiva ao programa CNT e o Congresso, da Rede Transporte, emissora de TV da CNT (Confederação Nacional do Transporte), uma maior representatividade dos caminhoneiros no Congresso Nacional.
Segundo ele, essa seria uma forma de fazer valer as reivindicações da categoria no Congresso, como a recuperação das rodovias e a melhoria do sistema de segurança nas estradas.
?O transporte rodoviário é um transporte social, fundamental à segurança do paÃs. São 6,5 milhões de caminhoneiros no Brasil, mas cerca de 80% deles deixam de votar, porque estão fora do domicÃlio no dia da eleição. Por isso é que a bancada que os representa no Congresso Nacional é pequena?, afirmou o parlamentar.
Integrante da Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados, Francisco Appio apóia 39 propostas que, segundo ele, podem diminuir a atuação das quadrilhas de roubo de cargas e caminhões nas rodovias.
O deputado defende, por exemplo, a aprovação do Projeto de Lei Complementar (PLP) 187/97, de autoria do deputado Mário Negromonte, que cria o Sistema Nacional de Prevenção, Fiscalização e Repressão ao Furto e Roubo de VeÃculos e Cargas.
Radialista, Francisco Appio inaugurou há anos a ONG SOS Caminhoneiro, que atende pelo telefone 0800 642 1122. A ONG presta um serviço gratuito, auxilia os familiares desses trabalhadores e realiza diversas campanhas educativas, voltadas à saúde do caminhoneiro, por exemplo.
O parlamentar elogiou os cursos promovidos pelo SEST/SENAT, por contribuÃrem para a melhoria social e a qualificação profissional do trabalhador em transporte.
No programa CNT e o Congresso, Appio reclamou das condições de manutenção das rodovias e cobrou o uso dos recursos da Contribuição de Intervenção no DomÃnio Econômico (Cide) na recuperação dos corredores viários. Ele também analisou as dificuldades enfrentadas pelos caminhoneiros com relação à segurança.
?A frota de caminhões triplicou nos últimos cinco anos. Mas os assaltos são muitos. O crime não se organizou. A sociedade foi que se desorganizou. O celular é hoje a arma mais poderosa na mão do bandido. Com ela, a quadrilha monitora o roteiro, o conteúdo e o destino das cargas. Os caminhoneiros autônomos são as vÃtimas mais frágeis?, afirmou o deputado.
Redação CNT
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