Pedágio onera transporte da safra

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Pedágio onera transporte da safra

Porto Alegre, 10.4.07 – Apesar do IBGE anunciar que a safra brasileira de grãos terá uma produção recorde de 130,7 milhões de toneladas, as empresas de transportes e os autônomos estão preocupados com os custos provenientes das tarifas de pedágios.
O presidente da Federação dos Caminhoneiros Autônomos do RS e SC (FECAM), Eder Dal´Lago, acredita que mais de 70% do transporte de grãos que serão deslocados da zona de produção, para estocagem em armazéns e destinados para exportações nos portos marítimos, serão transportados pelos caminhões autônomos. Ele informa que 70% da frota estimada em mais de 180 mil caminhões – somente no estado gaúcho-
vai trabalhar nesse tipo de transporte. “Estamos preocupados com os custos dos pedágios” avisa Dal´Lago.
Ressalta que mesmo cobrando o Vale-Pedágio do embarcador, o caminhoneiro quando trafega com o caminhão vazio é obrigado a pagar pedágio. “É um absurdo” protesta o presidente da FECAM, citando o exemplo que um caminhão de seis eixos paga R$ 140,00 de pedágio no trajeto Caxias do Sul ao Porto do Rio Grande. “São sete praças de pedágio em pouco mais de 400 km, e geralmente o veículo retorna vazio, e daí, o próprio motorista tem desembolsar os R$ 140,00” reclama Eder Dal´Lago.
O líder da categoria pondera que muitos caminhoneiros devem optar pelos portos catarinenses, ao invés do terminal marítimo gaúcho, para fugir dessas despesas. “De Caxias do Sul até os portos de Itajaí ou São Francisco, pagarão R$ 60,00 de pedágio, ao invés dos R$ 140,00 para chegar ao porto do Rio Grande” observa Dal´Lago.
O presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de Carazinho e Região (Sindicar), Milton Schmitz não é contra o sistema de pedágio, mas sim, a tarifa paga, que deveria ser 50% do valor atual. “Gastamos mais em pedágio do que em pneus” atesta Schmitz. Compara também os custos entre combustíveis e os preços dos pedágios para o trajeto de Carazinho ao Porto do Rio Grande. ” Uma carreta de seis eixos consome R$ 489,60 em diesel nesse trajeto e gasta R$ 194,80 em pedágio. Portanto, o custo do pedágio é igual a 39,78% em relação ao diesel” aponta o presidente do Sindicar.
O diretor do Sindicato das Empresas de Transporte de Carga e Logística no Estado do RS (Setcergs), Valmor Scapini, ao enfatizar que o setor de agronegócios é bastante onerado ao usar as rodovias pedagiadas no RS, estima que no transporte de grãos de milho e soja há uma incidência de 11% a 13% no valor do frete, com custo de pedágio. Fonte: Imprensa Setcergs

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