Florianópolis, 07.01.04 ? O otimismo sobre o inÃcio da duplicação da BR-101 já no primeiro semestre deste ano é exagerado na opinião do diretor-executivo da Fetrancesc, Pedro Lopes, em entrevista à Rede Record. ?Quanto antes começar melhor e devemos cobrar sempre?, observa. Mas dois problemas podem atrasar todo o processo, um são os tramites normais do edital que seleciona as empresas para construir a estrada. Caso alguma empresa recorra à justiça já será motivo de atraso. E o outro é que se não houver a contrapartida do governo federal, o Banco Interamericano de Desenvolvimento não vai liberar o empréstimo. Até agora ninguém sabe quanto dinheiro o orçamento da União tem para investir em 2004. Só se sabe que existem 300 milhões no PPA. E assim a obra só começar mesmo em 2005. Na próxima quinta-feira (8/1) termina o prazo para o encaminhamento de recursos ao DNIT contra a lista das empresas habilitadas para participar da licitação das obras de duplicação da BR 101.
Lopes, no entanto, acha que todos devem estar atentos também para as ?letrinhas do edital? aquilo que fica embutido na proposta como por exemplo, a concessão do pedágio, uma conta para a população pagar. Ele critica o atual modelo de cobrança de pedágio, pois o considera pecaminoso para a sociedade. Cita que as praças de pedágio são muito próximas e colocadas estrategicamente em pontos de maior movimento em várias rodovias. Outro absurdo é cobrar em rodovia que não é duplicada, como acontece em diversas regiões do paÃs. E mais, Lopes disse que pretende, em breve, provar que os custos das operadoras de pedágio e o retorno que elas oferecem à s rodovias pedagiadas são irreais.
Devido à demora em duplicar a 101, trecho Sul, os prejuÃzos para o transporte são elevado com mais tempo nas estradas, devido ao volume de veÃculos, e as perdas com o desgaste dos veÃculos. Pedro Lopes cita que 30% da frota de cargas de Santa Catarina tem uma perda mensal de R$ 12 milhões. Fonte: Imprensa Fetrancesc.