Prejuízo de R$ 20 milhões por mês em rodovia

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Prejuízo de R$ 20 milhões por mês em rodovia

Florianópolis, 24.10.05 – A má conservação da BR-282 e a interrupção das obras para finalização dos trechos entre Campos Novos e Lages, de 70 quilômetros, e entre São José do Cerrito e Lages, de apenas seis quilômetros, além das péssimas condições da rodovia na região Extremo-Oeste, representam prejuízos de mais de R$ 20 milhões por mês para o setor de transporte de cargas do Estado.
Segundo o diretor da Federação das Transportadoras de Cargas de Santa Catarina (Fetrancesc), Pedro Lopes, o cálculo é de US$ 6 por cada 1 hora e 30 minutos perdidos na BR-282, por dia, por uma frota interna de 51 mil caminhões. São US$ 306 mil por dia, US$ 9,1 milhões por mês. O principal prejuízo, diz Lopes, é nas economias das regiões afetadas pela paralisia das obras, que deixam de crescer 25% ao ano.
– A não conclusão da BR-282 também eleva a movimentação da BR-470 e da BR-280, duas rodovias que precisam ser desafogadas. A 282 é o caminho para a Argentina e a direção dos transportes do Oeste para os portos catarinenses. É vital para a economia do Estado – avalia.
Os seis quilômetros que faltam de São José do Cerrito a Lages devem estar concluídos em 2006, aposta o diretor da Fetrancesc. Mas ele alerta que a sociedade deve fazer pressão junto aos parlamentares, para que estes, por sua vez, pressionem o governo pela liberação dos recursos necessários para a recuperação da malha rodoviária federal em SC.

Obras na BR-282: impasse antigo

Na primeira edição do Diário Catarinense, em 5 de maio de 1986, notícia de alto de página anunciava que “finalmente” a BR-282 estaria próxima da conclusão “duzentos anos depois”. Então são 220 anos esperando, porque passaram-se quase duas décadas e a rodovia segue inacabada. Numa recente reunião com o presidente do DNIT, o deputado federal Odacir Zonta (PP/SC) saiu otimista com a possibilidade de retomada das obras num prazo de 15 dias, se superada as dificuldades junto ao TCU. Será que vai levar mais 20 anos? Fonte: Simone Kafruni/Diário Catarinense/Coluna Estela Benetti

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