O total de investimentos previstos no Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) do Governo Federal para a infraestrutura catarinense corresponde a 13% do total da demanda prevista para 2020 no Estado. Segundo apresentação da Câmara de Transporte e Logística da Fiesc nesta quarta-feira, 12 de fevereiro, dos R$ 948,2 milhões, apenas R$ 120 mi estão no radar para Santa Catarina.
Outro dado apontado na primeira reunião do ano é que apenas uma das 40 obras monitoradas pela Câmara está com o andamento dentro do prazo. Trata-se do aeroporto de Navegantes, cujo investimento é privado. O restante, por sua vez, é dividido em 11 obras com prazo expirado e 28 com andamento comprometido.
Para o gerente executivo da Fetrancesc, Alan Zimmermann, os números revelam a carência de investimentos em SC e reforçam a necessidade de concessões. “Isso se reverte em qualidade de pavimento, diminuição de congestionamentos, redução de acidentes e de custos. E, para o Transporte Rodoviário de Cargas, consegue-se transferir o valor do pedágio oficial para o embarcador ou cliente final”, comentou.
Além destas informações, foram apresentadas as agendas dos portos de Itajaí e São Francisco do Sul, o extrato das análises expeditas para rodovias de SC e o calendário de reuniões da Câmara de 2020.
Representante do setor na Alesc, o presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Transporte e Logística no Poder Legislativo, deputado Valdir Cobalchini, reforçou a importância de investir na infraestrutura como um todo e fez críticas às operações tapa-buracos. “O futuro de Santa Catarina será difícil se nada for feito pela infraestrutura, igual foi feito pelo Porto de Itajaí. É um conjunto de coisas que precisam ser feitas para viabilizar a movimentação da economia”, disse o presidente da Fiesc, Mário Cézar de Aguiar, ao completar a fala do deputado.
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