Santa Catarina é o 5º Estado que mais apresentou queda no volume de carga transportada no Brasil durante a quarentena do Covid-19. Ao todo, segundo pesquisa da NTC&Logística, acumulou 42,8% de redução em quatro semanas de isolamento e medidas restritivas. O número se aproxima do percentual estimado no início da terceira semana pelo presidente da Fetrancesc, Ari Rabaiolli.
“Acredito que este número seja muito maior, porque fomos um dos primeiros Estados a terem medidas restritivas em virtude do isolamento. Na semana passada nós já prevíamos que a queda seria de aproximadamente 45%, mas pelas informações que estamos recebendo das empresas informalmente este número já se aproxima de 50%”, falou o líder do Transporte Rodoviário de Cargas de Santa Catarina ao enaltecer a importância de responder à pesquisa. E, acrescentou: “Este é um percentual que nos preocupa muito, pois não há empresa que resista a uma redução deste patamar. O problema será muito agravado de agora em diante”.
No ranking brasileiro, SC fica atrás da Bahia (-55,8%), Mato Grosso do Sul (-55,7%), Pernambuco (-55%) e Pará (-54,4%). Além disso, o volume de cargas internacionais também caiu 56,7% no Brasil.
Dados gerais apontam que a variação total de queda do volume de cargas transportada somou -43,9%, para um total de 87% de empresas que apresentaram queda. Em um comparativo, na primeira semana foram -26,1% para 66% de empresas; segunda semana -26,9% para 71% das empresas; e terceira semana -38,7% para 82% das empresas.
Para o presidente da NTC&Logística, Francisco Pelucio, “essa é uma situação que preocupa, principalmente porque a cada semana estamos vendo esse número aumentar e sabemos o quanto de fato vem causando prejuízos ao setor. Estamos torcendo para que a retomada aconteça, mesmo que aos poucos, dando atenção às devidas precauções de higiene para manter a saúde de todos os envolvidos”.
Ao segmentar por tipos de carga transportada, a pesquisa aponta redução de 46,28% nas cargas fracionadas e -41,84% na lotação.
Acesse à pesquisa na íntegra.
Para Ari Rabaiolli, é preciso criatividade, capacidade de pensar à frente e disposição para se reinventar neste momento de incertezas, sobretudo após a quarentena. “Somente assim enxergamos uma luz no fim do túnel para não pararmos nossas atividades, porque se o Transporte parar, o Brasil não suportará”, concluiu.