Santa Catarina, segundo pesquisa divulgada pela Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) e realizada pelo Departamento de Custos Operacionais (DECOPE), acumulou queda novamente no volume de cargas passando para 40,9%. O cenário mudou em relação à última pesquisa, que apresentava uma melhora para 35%, depois de já ter atingido 45%.
O presidente da Fetrancesc, Ari Rabaiolli, avaliou a situação no Estado. “Sabemos que nosso trabalho é essencial e continuamos exercendo nossas atividades para que o País continue abastecido, entretanto, até as coisas se normalizarem levará tempo. Santa Catarina foi um dos primeiros Estados a optar pelo isolamento por causa do coronavírus e agora que as atividades foram retomadas muitos Estados ainda estão com a medida restritiva”, comentou.
Já a demanda por transportes rodoviários de cargas no Brasil voltou a apresentar leve melhora na semana até 3 de maio, que agora vê uma queda de 41,41% em relação aos níveis anteriores à pandemia de coronavírus.
Na semana anterior, os números indicavam queda 44,8% na demanda geral pelo transporte, o que já representava a primeira semana de melhora no índice desde o começo da sondagem, cinco semanas antes.
O novo levantamento indicou também que o percentual de empresas que tiveram queda no faturamento em função da pandemia diminuiu, passando de 90% na pesquisa anterior para 86% na atual.
Para cargas fracionadas, que contêm pequenos volumes, a sondagem apontou que a queda de demanda atingiu 43,18% ante os níveis pré-coronavírus, melhora de cerca de 4 pontos percentuais em relação à semana anterior.
Já para cargas lotação, que ocupam toda a capacidade dos veículos e são utilizadas especialmente nos segmentos industriais e agrícolas, a retração até a última semana atingia 39,96%, melhora de cerca de 3 pontos ante a pesquisa passada.
Segundo o presidente da NTC&Logística, Francisco Pelucio, “os números nos mostra que logo voltaremos a normalidade, e é o que o transportador espera, para manter suas empresas funcionando e continuar abastecendo a sociedade”.
Os setores farmacêutico (baixa de 11,17%) e de agronegócios (-23,30%) seguem apresentando as menores quedas de demanda desde o início da pandemia.
Por outro lado, a indústria de linha branca apresenta a pior performance no período, com recuo de 63,5% no período.
Durante todo o período de extensão da pandemia, a entidade permanecerá acompanhando a baixa no volume de cargas até que tudo volte à normalidade.
Confira a pesquisa