Segundo os dados da pesquisa divulgada pela Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) na última terça-feira, 2 de junho, Santa Catarina teve uma melhora no volume do Transporte Rodoviário de Cargas (TRC) passando de -39,65% no mês de abril para -31,41% em maio.
Para o presidente da Fetrancesc, Ari Rabaiolli, o momento ainda é incerto. “Nossos caminhões de rotas mais curtas dentro do estado de SC, rodam com osciosidade de 40 a 60% da sua capacidade por causa da pandemia. Buscamos ajudar o setor para que nada faltasse aos transportadores nas rodovias. Nessa nova realidade percebemos que todos nós precisamos nos reinventar. Estamos otimistas, porque o governo de Santa Catarina mostra um apoio as indústrias do Estado. Apesar da incerteza que o coronavírus nos trouxe, acredito que com discernimento conseguiremos passar por esse momento difícil”, comentou.
Com a demanda por transportes rodoviários de cargas no Brasil não foi diferente. Terminou a última semana com queda de 39,7% em relação aos níveis anteriores à pandemia de coronavírus, uma melhora de cerca de 1,6 ponto percentual ante a semana anterior, indicou pesquisa da Departamento de Custos Operacionais da NTC&Logística (Decope).
De acordo com o levantamento da associação, que verifica os níveis de demanda desde meados de março, quando os impactos econômicos da pandemia começaram a se acentuar, esse é o melhor resultado desde a semana encerrada em 5 de abril –à ocasião, havia queda de 38,7%.
O pior momento da demanda ocorreu na semana de 13 a 19 de abril, quando a sondagem atingiu recuo de 45,2%. Após uma recuperação, nas duas semanas anteriores à pesquisa atual o nível da queda havia permanecido em torno de 41%. Na contagem mensal, maio terminou com melhora de cerca de 3 pontos percentuais em relação a abril, apresentando queda de 40,77% na demanda, segundo o DECOPE.
Na última semana, houve ainda uma leve melhora no percentual de empresas que tiveram queda no faturamento desde o início da crise sanitária, que agora figura em 93%. Ainda assim, é o segundo maior nível visto até o momento, perdendo apenas para os 94% registrados na semana anterior.
Segundo o presidente da entidade, Francisco Pelucio “essa é uma situação que ainda preocupa, mesmo sendo um número menor em relação à semana anterior, ainda é alto. Estamos torcendo para que a retomada aconteça, mesmo que aos poucos, dando atenção e os devidos cuidados com a higiene, para manter a saúde de todos os envolvidos”.
Para cargas fracionadas, que contêm pequenos volumes, a sondagem mostrou uma melhora de 2,7 pontos na comparação semanal, com a queda alcançando 38,65%. Entre o setor menos afetado está o de supermercados (-25%), enquanto o mais atingido é o de shoppings centers (-64,64%).
Já para cargas lotação, que ocupam toda a capacidade dos veículos e são utilizadas principalmente nas áreas industriais e agrícolas, a retração chegou a 40,25%, melhora de 1 ponto em relação à semana anterior. Nesse quesito, supermercados (-12,75%) voltam a apresentar um dos melhores desempenhos.
O agronegócio, que vinha sendo um dos segmentos menos afetados, aprofundou a queda para 32,36% e já perde em demanda para parte dos segmentos industriais, bem como para o setor de combustíveis. O pior desempenho, porém, é o da indústria automobilística, com recuo de 56,10% no período.
A entidade continuará fazendo o acompanhamento com as empresas do setor até o fim da crise.
Confira a pesquisa.