Os três novos secretários de Estado de Santa Catarina, Juliano Chiodelli da Casa Civil, Rogério Siqueira e Ricardo Stodieck, titular e adjunto de Desenvolvimento Econômico Sustentável, falaram sobre suas missões à frente das pastas durante reunião do Cofem/SC, nesta segunda-feira, 29 de junho. Eles também ouviram as principais demandas do setor produtivo e adiantaram informações importantes para cada entidade.
No encontro virtual, os empresários se colocaram à disposição para apoiar o planejamento de estratégias para desenvolvimento do estado. Também defenderam maior participação privada nas iniciativas de desenvolvimento, por meio de concessões de serviços como os de saneamento, portos e demais projetos de infraestrutura, para que o Estado possa focar em suas atividades básicas nas áreas de saúde, educação e segurança. “Podemos construir um caminho. Há uma deficiência de projetos em Santa Catarina e cada setor pode apresentar propostas e demandas para buscarmos investimentos e desenvolvimento. Reforço nossa disposição de colaboração. Esse é o espírito do setor produtivo”, afirmou o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar. O posicionamento dele foi endossado pelos demais presidentes das federações.
No Transporte Rodoviário de Cargas (TRC), o presidente da Fetrancesc, Ari Rabaiolli, reforçou os estudos da Câmara de Transporte e Logística da Fiesc com foco nas rodovias catarinenses e antecipou a contratação de uma pesquisa da Faepesul/Unisul pela Fetrancesc sobre os gargalos da BR-101 entre Criciúma e Navegantes/SC.
Rabaiolli aproveitou a oportunidade para reforçar a importância das concessões de rodovias ao elencar a precariedade dos principais eixos em SC, a exemplo das BRs 470, 282 e 280. “Nós, transportadores, sabemos o quanto custa um caminhão parado nas rodovias, R$ 100/hora, o que consideramos um pedágio não oficial. Com os pedágios oficiais, mesmo pagando, temos qualidade nas estradas, evitamos congestionamentos e encaramos menos acidentes. São gargalos que precisam de atenção urgente do Governo para concessão à iniciativa privada”.
Para o recém nomeado secretário da Casa Civil. Juliano Chiodelli, há muitas missões frente as três pastas. “O Governador Carlos Moisés alinhou conosco uma política de Estado para a construção de novos rumos para SC. Somos três secretários oriundos do mercado, da iniciativa privada. E vamos mesclar nossas experiências junto ao Poder Público”, destacou.
Rogério Siqueira corroborou o pensamento de Chiodelli e acrescentou um alinhamento “para trabalhar com o viés produtivo, focado no setor que move a economia”. Acima de tudo, destacou, ao pedir apoio dos líderes do Cofem/SC, que “fazer Sustentável, como diz a pasta, é fazer na Lei. Então temos que pensar em alternativas para o setor produtivo com legislações e dentro delas”.
O pensamento de Siqueira é muito parecido com o de Ricardo Stodieck, adjunto da pasta. Ele disse, durante a reunião, que serão levantadas todas as pendências do setor produtivo junto à Secretaria para dar solução a cada uma delas. Também falou sobre as mudanças pós-Covid, em que “muita coisa vai mudar, a começar pela forma de fazer negócios, e o Governo de SC vai acompanhar”.
Fiesc: Setor produtivo e governo de SC ampliam diálogo
Cabotagem – Ari Rabaiolli também defendeu o incentivo à cabotagem. “Somos um Estado privilegiado, com cinco portos e grande produção agropecuária. Por isso, a Fetrancesc está desenvolvendo um trabalho, o qual apresentaremos em breve, para mostrarmos a importância de investimento em cabotagem para transferências de longa distância. Na prática, o transportador vai coletar a carga, entregar no porto em SC e retirar no Nordeste, onde fará a distribuição”, explicou. Com isso, reforçou o líder do TRC/SC, “haverá redução no roubo de cargas, menos caminhões nas estradas, menos tempo em congestionamento, mais rapidez na entrega e muitos outros benefícios”.