Venda mensal de caminhões volta ao nível de 2019, mas faltam produtos

  1. Início
  2. Notícias
  3. Venda mensal de caminhões volta ao nível de 2019, mas faltam produtos

Venda mensal de caminhões volta ao nível de 2019, mas faltam produtos

Em novembro a venda de caminhões no País superou pela segunda vez no ano a marca de 9 mil unidades, alcançando assim nível parecido com o observado antes da pandemia de coronavírus em boa parte dos meses de 2019. Os 9.021 emplacamentos são o segundo melhor resultado mensal de 2020, só perdendo para julho (9.522), mas representa alta expressiva de 13,2% sobre outubro e pequena queda de 1,5% ante novembro do ano passado. Os números foram divulgados na quarta-feira, 2, pela Fenabrave, associação que reúne os distribuidores de veículos oficiais dos fabricantes.

Com 79,6 mil caminhões emplacados de janeiro a novembro, a retração no ano chega a 14,8% sobre o mesmo período de 2019, mas o porcentual é metade da retração registrada pelo mercado total de veículos em 2020, de 28%. O resultado mostra que o segmento foi menos impactado pela crise provocada pela Covid-19, contudo o desempenho seria melhor sem as limitações à produção causadas pela pandemia. Segundo o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Jr., os concessionários já administram filas de clientes que estendem as encomendas de caminhões para o segundo trimestre de 2021.

“A melhora contínua da expectativa do PIB aumentou a demanda por caminhões nos últimos meses, mas a falta de componentes e peças continua afetando a produção. A maior oferta de crédito, com aprovação de 7 a cada 10 solicitações de financiamento, e taxas abaixo de 1% ao mês têm impulsionado as vendas, mas com a defasagem na oferta alguns modelos só serão entregues no segundo trimestre de 2021”, conta Alarico Assumpção Jr.

O dirigente aponta que o segmento de implementos rodoviários enfrenta o mesmo problema para dar conta da demanda em alta. Em novembro os emplacamentos de carretas (6,4 mil) caíram 5,1% ante outubro, mas cresceram expressivos 21,8% sobre o mesmo mês de 2019 e no acumulado de 11 meses (60 mil) as vendas já superam em 2,6% o volume do mesmo período de 2019.

A se manter o ritmo atual, o mercado de caminhões e implementos rodoviários deverá fechar 2020 com volumes acima dos previstos pela Fenabrave. Apesar da recuperação mais forte, a entidade manteve a projeção feita em outubro de 86,6 mil veículos pesados de carga vendidos este ano, o que representa queda de 14,9% sobre 2019 (exatamente o mesmo porcentual já verificado n acumulado janeiro-novembro), e de 65,2 mil carretas com pequena alta anual de 2,9%. Ambos os números já foram quase que atingidos em 11 meses.

Mercado de ônibus segue reprimido

De acordo com a Fenabrave, as vendas de ônibus seguem fortemente impactadas pela pandemia, que reduziu o fluxo de utilização de transporte público urbano e rodoviário. Em novembro os emplacamentos somaram 1.744 unidades e registraram queda de 5,3% sobre outubro.

A retração segue forte na comparação anual, com tombo de 21,76% em relação a novembro de 2019, enquanto os 16.668 ônibus emplacados em 11 meses representam queda expressiva de 32,68% sobre igual período do ano passado.

“O segmento de ônibus vem sendo prejudicado pela queda no faturamento provocada pela pandemia nas empresas de transporte de passageiros. A produção também sofre com falta de insumos e componentes”, analisa o presidente da Fenabrave.

Fonte: Automotive Business

Compartilhe este post