O Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19, anunciado pelo Governo Federal nesta quarta-feira, 16 de dezembro, considerou os motoristas do Transporte Rodoviário de Cargas (TRC) e o de passageiros integrantes do grupo prioritário para ser imunizado. A previsão, segundo o plano, é de começar as vacinações em fevereiro de 2021, usando todas as vacinas disponíveis para o mercado brasileiro.
A decisão do Governo atende ao pedido feito pela Confederação Nacional do Transporte, reforçado com solicitação da Fetrancesc à CNT, no começo de dezembro. A federação solicitou a inclusão dos motoristas do segmento no grupo prioritário, justamente por serem estes profissionais fundamentais para garantir o abastecimento da população, em todos os aspectos, principalmente no âmbito da saúde.
Para o presidente da Fetrancesc, Ari Rabaiolli, “a medida valoriza estes trabalhadores que, da mesma forma em que os médicos e enfermeiros, não desampararam a população brasileira, mesmo diante de tanta exposição e adversidades nas estradas, a exemplo da falta de lugares para se alimentarem. É uma boa maneira para enaltecer a importância que estes profissionais têm para a sociedade”.
O pedido da CNT – No pedido enviado pela CNT ao Ministério da Saúde, o presidente, Vander Costa, solicitou a inclusão dos profissionais do setor transportador no grupo prioritário. O Plano apresentado nesta quarta-feira atendeu parcialmente ao pedido e não amparou os trabalhadores dos modais ferroviário, aéreo, navegação e portuário.
No documento, Costa ressaltou a importância de priorizar a vacinação de todos os profissionais do setor. “Esses profissionais são os responsáveis pela prestação dos serviços de transporte de vacinas, pessoas, alimentos, medicamentos e outros suprimentos necessários para atravessarmos o momento crítico que se abateu sobre o país. […] Nos ares, portos, estradas ou vias urbanas, esses profissionais são fundamentais”, destacou.
Vander Costa também colocou as 157 unidades operacionais do SEST SENAT à disposição do Governo Federal para aplicação da vacina. A Confederação Nacional do Transporte, em conjunto com a Frente Parlamentar Mista de Logística e Infraestrutura (Frenlogi), reforçará, junto ao Governo, a disponibilidade da rede do SEST SENAT para apoiar a execução do Plano Nacional.
O Plano Nacional de Vacinação – O Palácio do Planalto estava lotado para a cerimônia de lançamento. Logo no início, o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, avisou que não era um plano definitivo, porque não há vacina na mão, e que o objetivo é imunizar os grupos prioritários, divididos em quatro fases que incluem idosos, pessoas com comorbidades e trabalhadores de saúde, professores e forças de segurança.
Nesta quarta, novas categorias foram incluídas nesses grupos, como “trabalhadores do transporte coletivo, transportadores rodoviários de carga, população carcerária privada de liberdade”. O cronograma exato depende de autorização da Anvisa e qualquer vacina aprovada pela agência vai ser usada pelo SUS. O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, falou que, a partir do registro na Anvisa, em cinco dias começa a distribuição do imunizante no País.
Outra questão envolvendo o Plano Nacional de Imunização é a assinatura de um termo que o governo quer exigir das pessoas que tomarem a vacina. O ministro Pazuello explicou que isso é em caso de uso emergencial e que depois do registro definitivo na Anvisa não será mais necessário.
Ainda nesta quarta-feira saiu o edital para a compra de 330 milhões de seringas e agulhas. A expectativa do governo é de receber o primeiro lote no fim de janeiro. Essa compra deve custar mais de R$ 80 milhões.
Leia mais: