A atividade do Transporte Rodoviário de Cargas é responsável pela manutenção de todas as atividades econômicas. Com o caminhão, leva-se ao cidadão a comida, o medicamento, o combustível; entrega-se oxigênio aos hospitais, além de todos os insumos necessários para atendimentos de pequenas, médias e grandes complexidades, a exemplo das próprias vacinas de imunização contra a Covid-19.
É por meio do caminhão que a roupa é levada da indústria ao comércio e que todos os produtos consumidos chegam à casa de cada brasileiro.
Defender um novo movimento de greve de caminhoneiros seria atuar contra o Brasil, sobretudo neste momento em que a nação tanto precisa de colaboração do setor produtivo.
Por esta razão, enquanto representante das empresas que garantem o abastecimento de todos os setores econômicos, para que as engrenagens do País trabalhem – dentro do possível, diante do atual momento –, a Fetrancesc manifesta sua contrariedade aos anúncios de eventual nova greve de caminhoneiros autônomos no Brasil.
Tal movimento estaria programado, de acordo com publicações em redes sociais e, mais recentemente, na mídia de um grupo de caminhoneiros autônomos, para o dia 1º de fevereiro. É fundamental frisar que estes pequenos grupos não têm relação alguma com o setor empresarial do Transporte Rodoviário de Cargas e, principalmente neste período de pandemia, é totalmente inoportuno.
Da mesma forma, a entidade se opõe a possíveis bloqueios de rodovias, pois elas impedem a fluidez da atividade das transportadoras e, proporcionalmente, o abastecimento – o que será mantido com a garantia dos Governos Federal e Estadual da segurança dos motoristas nas estradas.
O posicionamento da Fetrancesc não questiona a legitimidade das reivindicações, sequer concorda com o tratamento dado à Política de Reajustes dos Combustíveis. Ao contrário, além de equilibrar as atualizações de preços, a federação defende a necessidade de haver diálogo com as entidades e com a população. Contudo, reinvindicações radicais, em especial neste momento pandêmico, dificultarão todo e qualquer cenário, para todos os setores – é preciso solidariedade!
A Fetrancesc destaca, portanto, que, em eventual movimento de caminhoneiros autônomos:
1) Se as autoridades mantiverem as rodovias desbloqueadas, as empresas de Transporte Rodoviário de Cargas vão garantir o abastecimento e a circulação de mercadorias, inclusive na integração entre os demais modais;
2) Não reconhecemos as entidades que divulgam essa greve como reais representantes dos TACs;
3) Não acreditamos que tal movimento logre êxito, não passando de uma atitude totalmente descabida e irresponsável, que atenta contra a segurança nacional e a saúde pública neste momento de pandemia, quando todos nós temos que transportar vacinas, medicamentos, cilindros de oxigênio etc, além de alimentos, insumos, combustível entre tantos outros produtos essenciais.
Ari Rabaiolli
Presidente da Fetrancesc