Atualmente, falar sobre o mercado mundial e não citar a pandemia da Covid-19 não é mais uma realidade. De longe, esse fator foi o grande responsável por modificar a realidade na qual os negócios estão inseridos e por fazer com que todos os profissionais se adaptem a uma nova maneira de desenvolver suas atividades, de revolucionar seus serviços e de inovar seus produtos para se manterem firmes no campo de atuação.
Esse “novo normal” interferiu nos mais diversos segmentos, porém é inegável o quanto transformou o setor de transporte de cargas e logística, sendo um dos mais afetados pelas crises e um dos mais importantes para a progressão do desenvolvimento econômico e social do país. No primeiro ano de pandemia no Brasil, em 2020, houve uma queda de 8% nos fretes nos primeiros seis meses. Contudo, o número de cargas transportadas só nas rodovias aumentou 62% em comparação ao ano anterior.
Entretanto, além do novo coronavírus, outras duas crises chegaram nesse tempo para mostrar como o setor pode ser instável e como as empresas precisam se adaptar rapidamente às mudanças. A escassez de contêineres, elevando o frete marítimo a valores jamais vistos, e o aumento do diesel que, em 2021, subiu 44,6% nos postos de combustíveis do país, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), foram outras eventualidades que também impactaram a área.
Diante disso, o Luiz Gustavo Nery, diretor comercial do Grupo Rodonery Transportes, comenta como lidar com essas dificuldades no âmbito profissional. “Superar as crises também faz parte e, por isso, o primeiro passo é não ignorar o problema. É preciso entender qual o verdadeiro cenário e o quanto ele pode afetar o seu negócio. Ter o controle dos custos para reduzi-los ao máximo possível, analisar os recursos alocados de maneira eficiente, renegociar os preços e os prazos com os fornecedores e expandir o portfólio são algumas atividades que podem organizar a empresa e contribuir positivamente nesses momentos de vulnerabilidade”.
O serviço de transporte é um dos mais relevantes para a economia e, com a retomada da indústria e com o reequilíbrio entre oferta e demanda, tende a evoluir gradativamente mais nos próximos anos. Ainda de acordo com Luiz, voltar ao valor adequado do frete marítimo, reabastecer os contêineres nas principais áreas afetadas, aumentar o volume de cargas escoadas e avançar na indústria nacional são apenas alguns dos fatores que ajudarão neste processo.
“As crises sempre poderão estar à espreita do negócio, principalmente para aqueles que não estiverem atentos às constantes transformações, mas ter a sabedoria para administrá-las é o fator crucial para a reinvenção. Acredito que estamos no início de um futuro promissor e inovador do transporte de cargas, principalmente mais tecnológico, e devemos estar prontos para fazer jus a essa posição com, cada vez mais, criatividade, inovação e adaptabilidade”, finaliza o diretor comercial.
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