O setor de transportes está otimista em relação à economia brasileira e ao desempenho dos negócios em 2019. Pelo menos é isso o que indica a 10ª edição da Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018, realizada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT). Das 776 empresas de diferentes modais entrevistadas entre 31 de outubro e 28 de novembro do ano passado, 74,2% se mostraram confiantes na capacidade do novo governo em promover as mudanças estruturais necessárias para uma retomada mais consistente do crescimento econômico.
Para contribuir com os bons resultados no segmento, a OpenTech, especialista em soluções de gestão logística e gerenciamento de risco, ajuda empresas do setor logístico e de transportes a melhorar a eficiência em suas atividades. Para isso, explica o diretor, Diego Gonçalves, a empresa investe 15% de seu faturamento em pesquisa e no desenvolvimento de novos produtos e soluções.
“Com alta tecnologia, experiência de quase duas décadas e ações de prevenção a sinistros, ajudamos nossos clientes a reduzir a sinistralidade das operações. Graças à inteligência aplicada em campo pela nossa equipe e à análise preditiva do nosso software de rastreamento e monitoramento, somos capazes de perceber se uma carga está sujeita a roubo e conseguimos agir em questão de minutos”, diz Diego. Atualmente, a Opentech gerencia cerca de 300 mil viagens por mês.
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O segmento mais otimista, segundo o levantamento, é o ferroviário de cargas: 83,3% acreditam que o ano será melhor. De acordo com o presidente da CNT, Clésio Andrade, as mudanças propostas pelo novo governo serão positivas para o setor de transportes e para a economia do Brasil. “Os empresários do setor querem ampliar suas frotas e aumentar o ritmo das atividades. A proposta de um mercado mais aberto, aliada à intensificação do programa de concessões e à continuidade de reformas estruturantes, poderá munir o país das condições necessárias para a melhoria da infraestrutura de transporte”, mencionou.
Entre os transportadores ouvidos pela CNT, apenas 2,8% acreditam que o Brasil estará em situação pior em 2019 em comparação aos dois últimos anos. Já 68,7% dos entrevistados projetam aumento da receita bruta em 2019 e 68,3% esperam reduzir a ociosidade em suas empresas nos próximos meses. A perspectiva de recuperação do dinamismo econômico justifica o fato de que 53% pretendem aumentar a contratação formal de empregados e 54,8% planejam expandir a frota.
Parte deste otimismo do segmento de logística e transportes está baseada nas propostas do novo governo. Em suas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro escreveu, durante a campanha, que ao “desburocratizar, simplificar e pensar de forma estratégica, o setor pode deixar de ser um gargalo para se transformar em solução”.
Uma das iniciativas, defendeu o presidente, seria “melhorar a eficiência portuária e reduzir custos, além de atrair mais investimentos para atender a demanda crescente no país”. A integração da malha rodoviária com as ferrovias é outro ponto defendido pelo presidente Jair Bolsonaro.
A medida, esperam os empresários, traria eficiência no transporte de mercadorias. A melhoria no setor de transportes, escreveu o presidente em seu twitter, vai além das estruturas portuárias e deve ter integração com uma vasta malha ferroviária e rodoviária ligando as principais regiões, assim como é feito em outros países.
Atualmente, o Brasil conta com cerca de 30 mil quilômetros de vias ferroviárias, responsáveis pela distribuição de um quarto da carga transportada no país, com projeções de aumentar a participação para 32% até 2020. Já o modal rodoviário conta com 1,720 milhão de quilômetros de estradas e rodovias, por onde passam mais de 60% das cargas. Os recursos para dotar o Brasil com as condições necessárias para a prestação eficiente do serviço de transportes, segundo estimativa da CNT, somam R$ 1,7 trilhão.
Segurança nos transportes – A Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018, realizada pela CNT, revelou ainda que 77,7% dos entrevistados afirmaram que o ambiente de negócios para as empresas, a partir deste ano, estará mais favorável. Além disso, a expectativa é que o quesito segurança nas operações também melhore. O tema foi o terceiro mais citado pelas empresas na lista de itens que merecem prioridade.
Entre os transportadores rodoviários de cargas (segmento duramente afetado pelo aumento nos índices de criminalidade nas estradas nos últimos anos), 61,4% acreditam que as taxas de roubo de mercadorias no país devem começar a cair em 2019 e mais da metade das empresas do transporte aquaviário também creem nessa redução.
A Sondagem da CNT revelou ainda que 89,9% das empresas do segmento rodoviário de cargas já utilizam algum mecanismo para evitar o roubo de mercadorias, incluindo o rastreamento de veículos via satélite (70% dos entrevistados), monitoramento de cargas (36,4%) e sistemas de gerenciamento de riscos (23,1%).