O desempenho das empresas do Transporte Rodoviário de Cargas aumentou no Brasil. Isso, pelo menos, foi o que revelou a pesquisa sobre Defasagem dos Fretes, apresentada durante o Conet&Intersindical, em João Pessoa/PB. O evento começou nesta quinta-feira, 7 de fevereiro, e seguirá até o final da tarde de sexta, 8.
De acordo com a pesquisa, o primeiro semestre de 2018 foi melhor para 21,5% das empresas. O número cresceu ao avaliar o ano inteiro – 38% das empresas consideraram, ao final dos 12 meses do ano passado, que houve melhora no desempenho.
O resultado disso foi a queda na defasagem do frete em relação ao custo apurado pela NTC&Logística. No mês de agosto eram 17,22% de defasagem ao avaliar o primeiro semestre, contra 13% para todo o ano (9,6% para cargas fracionadas / 15,5% para lotação). Em paralelo, o reajuste médio do frete foi de 1,7%, com um desconto médio de -2,6%, com o INCT de 2018 totalizando 4,88%. “É evidente que se a economia continuar a melhorar, esta defasagem será rapidamente recuperada, com a tendência de ser eliminada”, salientou o assessor técnico da NTC&Logística, Lauro Valdívia.
Os números significam “prejuízos para o transportador”, avaliou o presidente da Fetrancesc, Ari Rabaiolli. “Eles não refletem o custo real do frete”, completou. O líder do TRC/Santa Catarina destacou, ainda, que o aspecto positivo será sentido pela sociedade com um custo menor do produto final.
O Piso Mínimo – 53,6% dos empresários consideram o Piso Mínimo do TRC bom para o setor, sendo 36,1% deles de carga fracionada e 66,9% de lotação. Além disso, 24,7% consideram-no indiferente, contra 21,7% que o avaliam como prejudicial.
Um dado que contraria os números anteriores é que 30,3% das empresas substituíram os motoristas terceirizados, 56% não se consideraram afetadas e 13,8% continuaram contratando.
Nesta realidade, a maioria está recebendo o frete com valor inferior ao estabelecido na tabela: 64,8%. Do restante, 22,8% conseguiu manter o valor e apenas 12,4% registrou aumento.
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