A evolução da tecnologia é fundamental para a mudança de cenário em muitos segmentos. E com o Transporte Rodoviário de Cargas (TRC) não é diferente, mesmo que ainda tenhamos processos analógicos tão enraizados.
Entre outras que já são integradas no setor, a chegada do 5G vai abranger um novo tipo de rede, projetada para conectar praticamente tudo e todos, incluindo máquinas, objetos e os mais diversos dispositivos. A expectativa é que leve entre dois a quatro anos para que o sinal esteja efetivamente em todo o Brasil.
Com isso, possibilitará um avanço com relação da largura de banda e, consequentemente, da velocidade de transmissão de dados, permitindo maior confiabilidade, mais usuários simultâneos e, principalmente, baixas latências, o que oferecerá um enorme potencial para novos serviços sem fio de valor agregado.
Franco Gonçalves, gerente administrativo da TKE Logística, empresa localizada no sul de Santa Catarina, destacou como o uso dessa nova transmissão será benéfico, principalmente no TRC;
“A rapidez e a agilidade tendem a fazer parte do nosso cotidiano com a otimização de tempo. No segmento, podemos esperar mais segurança nas viagens, câmeras ao vivo nas estradas e veículos funcionando pela rede de dados, além do controle de gastos de pneus e de relatórios de integridade do veículo, tudo de forma rápida e instantânea”, explica.
Segurança
Além desses benefícios citados, outro exemplo que mudará o cenário do transporte será a integração do reconhecimento facial, já presente nas plataformas de fretes com objetivo de prevenir fraldes e roubos de cargas nas estradas.
Segundo o levantamento da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), esses sinistros tiveram aumentos significativos (1,7%) no país em 2021, causando cerca de R$ 1,27 bilhão em prejuízo para o setor.
Ainda que exista um processo longo para a utilização dessa ferramenta em totalidade no modal rodoviário, as empresas que compõem esse nicho de trabalho se movimentam para buscar novas estratégias e para se resguardar desses desafios recorrentes.
Franco, que atua diretamente na supervisão dos processos logísticos e de transporte da TKE, relata o comportamento que a empresa possui diariamente.
“Nossa frota, por exemplo, possui uma série de ferramentas de controle que funcionam de forma híbrida – com transmissão com sinais de celulares e de satélites para não arriscarmos perder o sinal. Temos sistemas gestores (multas, telemetria, controles diversos, maps de gerenciamento de risco) e, claro, o bom uso dos grupos de celulares”, descreve o executivo.
Além da busca de implementos inovadores, outros métodos “analógicos” são concentrados e utilizados para a finalidade da capacitação dos colaboradores, especialmente os motoristas que são os responsáveis pela distribuição das mercadorias pelo Brasil.
O mais utilizado entre as empresas de transporte é o treinamento da direção defensiva. Esta consiste no monitoramento das ações por parte do condutor e deve ser associada à direção segura, ou seja, adotando precauções para evitar acidentes e preservar a saúde dos envolvidos.
A era tecnológica é iminente, e as empresas entendem que este é o momento de poder desenvolver o setor como um todo e de apresentar novas soluções como crescente para futuros promissores.
Fonte: Frota & Cia