Somente em 2017 foram registrados quase 90 mil acidentes rodoviários no Brasil, sendo que em mais de 5 mil deles somaram-se 6,2 mil vítimas fatais. Estes números representam o custo de mais de R$ 10 bilhões. Os números foram apresentados pelo diretor executivo da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Bruno Batista, durante painel sobre o sistema no segundo dia da 21ª Transposul, em Bento Gonçalves.
Estes mesmos números apresentados por Batista buscam ser revertidos com ações do SEST SENAT, nos casos de acidentes envolvendo veículos de transporte, com cursos de formação e qualificação profissional, conforme reforçado pela diretora executiva nacional do SEST SENAT, Nicole Goulart, em apresentação no painel. Ela apontou os números do SEST e do SENAT e o quanto eles impactam, de acordo com estudos feitos pelo sistema, na fluidez da empresa e, inclusive, em valores financeiros, uma vez em que gera redução nos casos de acidentes, por exemplo.
Ainda no que tange a qualificação profissional, o diretor executivo do Instituto de Transporte e Logística (ITL), João Victor Mendes, falou sobre os cursos de pós-graduação e, ainda, as certificações internacionais oferecidas aos gestores de empresas do transporte, em todos os modais. Ele também apresentou toda a estrutura do ITL.
Tanto Bruno, quanto Nicole e João Victor reiteraram a gratuidade de todos os serviços oferecidos aos colaboradores do transporte, sejam os do SEST, do SENAT ou do ITL. Mais números – Bruno Batista aproveitou para falar sobre as expectativas do transportador em relação à economia no Governo Federal, com o presidente Jair Bolsonaro. Segundo o diretor executivo, 74,2% acreditavam em uma situação melhor para o setor já em 2019 e 77,7% esperavam um ambiente de negócios mais favorável. Em contrapartida, 68,7% tiveram aumento da receita bruta, 53% elevaram as contratações e 67,5% adquiriram novos veículos.
O diretor executivo da CNT também apontou a necessidade de investimentos na ordem de R$ 1,7 trilhão em infraestrutura, sendo R$ 531,97 bilhões em ferrovias e R$ 496,12 bilhões em rodovias. Além disso, Batista apontou a necessidade de investimento em hidrovias, postos, aeroportos, terminais de carga e mobilidade urbana.