O duplo desafio de resgatar a gestão econômica e adaptar-se à nova realidade global é uma das metas do novo Governo Federal. Isso foi o que alegou o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, durante a primeira edição do Momento Brasil: Conhecer, Contribuir, Agir, promovido pela Acaert, no auditório da Fiesc, na sexta-feira, 19 de julho.
“Precisamos tirar o peso das costas de quem trabalha, investe e produz no Brasil”, disse o vice-presidente da República ao falar das reformas estruturantes previstas e algumas já em execução no País. Ele falou sobre o cenário nacional após uma prévia sobre a história mundial, contextualizando os cenários de todos os continentes.
Mourão citou a crise política, econômica e psicossocial do Brasil como algo realmente preocupante. E explicou que “a política deixou de representar os interesses da sociedade. Precisamos mudar nossos nomes e formas de atuação para que sempre cumpramos o objetivo de representarmos os interesses sociais”. Ele acrescentou, ainda, que a crise psicossocial se deve pelos valores familiares, “porque sem isso o restante também não existe”.
Infraestrutura – O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, comentou sobre os problemas de infraestrutura no Brasil e reforçou a ciência do Governo Federal sobre a situação, além da atenção para a busca de soluções. “Não é possível levar de Santa Catarina ao Rio Grande do Norte tudo no ‘lombo’ de um caminhão”, comentou.
O coordenador da Fetrancesc, Alan Zimmermann, que representou a federação na ocasião, concordou com o comentário de Mourão. “O investimento em outros modais é fundamental para o transporte. No entanto, não há otimismo quanto a concretização desta perspectiva em curto ou médio prazo”, disse.
Reforma Tributária – Imediatamente após o desfecho da Reforma da Previdência, o próximo passo no âmbito das reformas estruturantes do Brasil será a Tributária, segundo Mourão. Ele salientou a importância de equalizar a cobrança de impostos e efetiva aplicação delas. “Não nos incomodaríamos de pagar impostos que correspondem a 30% do PIB nacional se tivéssemos estradas alemães, escolas suíças e hospitais belgas”, acrescentou.
O futuro do Brasil – Ao final da palestra, Hamilton Mourão voltou a citar o que chamou de crise psicossocial no Brasil. Enalteceu, ainda, a preservação de valores familiares. “A geração mais nova cuida da geração mais velha, mas se a geração mais velha não fizer sua parte, os mais novos ficarão perdidos. E, por esta razão, não podemos esperar”. Ele finalizou afirmando que “nós, brasileiros e brasileiras, somos imbatíveis. Podem ter certeza disso!”.